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Análise fundamentalista: como usar na prática? Descubra aqui

Análise fundamentalista: como usar na prática? Descubra aqui

Você é daqueles que negocia uma ação já sabendo de antemão o patrimônio e a saúde financeira da empresa ou toma decisões baseadas tão somente no momento do ativo? Se é o seu caso precisa conhecer a análise fundamentalista.

Você é daqueles que negocia uma ação já sabendo de antemão o patrimônio e a saúde financeira da empresa ou toma decisões baseadas tão somente no momento do ativo? 

Se é o seu caso precisa conhecer a análise fundamentalista.

A análise fundamentalista vai na contramão do “oba oba” comum na Bolsa, muitas vezes pautado por especulações e boatos. 

O trader fundamentalista tem uma visão mais real do ativo. Ele avalia diversas informações financeiras da empresa, tais como: 

  • Patrimônio;
  • Balanços;
  • Projeções;
  • Dividendos;
  • Aquisições; 
  • Entre outras informações.

No entanto, a análise fundamentalista não se resume à visão contábil de uma empresa. Seus estudos também direcionam para informações de noticiários referentes à área de atuação da instituição.

Vários fatores externos compõem essa análise, como por exemplo:

  • Fatores econômicos;
  • Fatores naturais;
  • Políticos;
  • Diplomáticos.

Deu para perceber que a análise fundamentalista se torna muito ampla se colocado esse conjunto de dados no papel.  

Por isso, o Eu Quero Investir irá apresentar alguns indicadores de ordem fundamentalista que ajudarão a enxergar o mercado financeiro de uma forma mais sólida. 

VPA (Valor Patrimonial da Ação)

É importante dizer que o preço de um ativo no pregão não necessariamente reflete o valor “real” do ativo.

A explicação é simples: muitas vezes o preço do papel sofre alterações devido a especulações positivas ou negativas. Além disso, um boato pode mudar completamente o preço da ação. Põe nessa conta também eventuais projeções da ação.

Como dissemos, a análise fundamentalista mira projetar o valor patrimonial desse ativo.

A partir disso, vamos explicar o que é Valor Patrimonial por Ação (VPA).

Em resumo, o VPA é um indicador do valor patrimonial líquido da empresa. Ou seja, a ideia desse indicador é verificar se o preço praticado no mercado está batendo com o valor patrimonial.

Desta forma, com base no resultado apresentado usando o VPA, o trader analisará se um determinado ativo está com o preço abaixo do mercado ou se está acima do mercado.

Lembrando que o ideal é fazer um estudo amplo para operar, não usando apenas o VPA como referência.

Para calcular o VPA é necessário saber o patrimônio líquido de uma empresa (PL). 

Vale lembrar que PL é o resultado da soma de todos os ativos com os passivos. Por fim, o que sobrou é o patrimônio líquido. 

Portanto, o cálculo do VPA é simples. Basta pegar o patrimônio líquido de uma empresa e dividir pela quantidade de ações que essa empresa jogou no mercado.

Exemplo:

Imagine que uma empresa A teve patrimônio líquido de R$ 300 milhões. Essa empresa emitiu 30 milhões de ações.

O cálculo será 300 milhões dividido por 30 milhões. Portanto, o VPA dessa empresa é de R$ 10.

Imagine que a ação dessa empresa esteja custando R$ 15 na Bolsa.

Seguindo esse valor, vamos dividir o preço praticado no mercado (P) pelo VPA.

Assim, teremos 15 dividido por 10. O resultado de P/VPA é 1,5.

Ou seja: o valor no pregão está 50% maior do que o Valor Patrimonial da Ação. Em resumo temos:

  • Se o P/VPA for igual a 1, sinal que o preço no mercado está igual ao valor patrimonial da empresa
  • Se o P/VPA for superior a 1, sinal que o preço no mercado está acima do valor patrimonial da empresa
  • Se o P/VPA for inferior a 1, sinal que o preço no mercado está acima do valor patrimonial da empresa

Dividend Yeld

Outro indicador de análise fundamentalista, o Dividend Yeld (DY), mede o rendimento de uma empresa de acordo com os dividendos pagos.

Dividend Yeld pode ser traduzido por Rendimentos de Dividendos. Esse indicador é importante para buscar empresas que apresentam melhor relação no pagamento de proventos por ação.

O cálculo DY é feito da seguinte forma: pega-se os dividendos pagos por ação, divide pelo valor atual da ação e multiplica por 100.

Exemplo:

Pense numa empresa que oferece R$ 3 de dividendo por ação. A ação está custando R$ 50.

Desta forma, o cálculo será: (3÷50) x 100 = 6%.

Em outras palavras, o Dividend Yeld informa que cada ação dessa empresa está oferecendo 6% de retorno em dividendos.

Um conselho importante: quando um cálculo do DY apresenta porcentagem alta, isso nem sempre quer dizer que o provento é alto. Isso pode ser sinal de que o preço da ação está muito desvalorizado. 

Por isso, é aconselhável usar mais de um indicador para analisar uma ação.

Fatos externos impactam o valor das ações

A análise fundamentalista mistura informações de dentro da empresa e fora dela.

Vamos pegar o exemplo da Petrobrás. Levando em consideração seu histórico recente, a petroleira levou três tombos homéricos por razões externas. 

O primeiro deles veio no começo de 2020, com a pandemia do Covid-19, que afetou todo o mercado financeiro. 

A segunda bomba aconteceu em março de 2020 por causa da crise econômica e diplomática envolvendo a Rússia e Arábia Saudita. 

Os dois países não se acertaram e prometeram continuar produzindo petróleo, muito mais do que era necessário naquele momento de pandemia. Por essa razão, o petróleo encalhou, gerando uma enorme desvalorização do preço do petróleo pelo mundo.

Por fim, a mais recente pancada ocorreu em fevereiro, quando o presidente Jair Bolsonaro demitiu o então presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco. Em seu lugar, foi nomeado o general Joaquim Silva e Luna. Com isso, a ação da empresa despencou. 

Antes da troca, a PETR4 custava R$ 27,33. Depois da troca de comando, o papel fechou em R$ 21,67.

Logicamente que é difícil antever notícias como essas, mas o investidor fundamentalista visa:

  • Encontrar oportunidades de negociação a partir do monitoramento das informações;
  • Se proteger/minimizar prejuízos a partir do monitoramento das informações.

(Por Bruno Thadeu)

Tudo sobre a análise fundamentalista e indicadores: entenda agora!

A análise fundamentalista é a metodologia preferida de quem adota a estratégia buy and hold (investidores de longo prazo). 

Ou seja, o objetivo desse investidor é adquirir bons títulos e permanecer com eles durante muito tempo, e não vendê-los assim que alcancem alguma valorização.

Principais indicadores financeiros da análise fundamentalista

A maioria dos indicadores financeiros que veremos a seguir pode ser obtida com base nas informações das demonstrações contábeis da empresa.

Veja quais são a seguir:

Preço sobre Lucro (P/L)

Serve para demonstrar a relação entre o preço atual de uma ação e o lucro que essa ação acumulou nos últimos 12 meses.

A sua fórmula é a seguinte:

P/L = Preço atual da ação / Lucro por ação nos últimos 12 meses 

Ao analisar esse indicador, o investidor consegue descobrir quantos anos serão necessários para ele recuperar o valor investido somente com o recebimento de lucros da empresa. 

Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP)

O P/VP é outro indicador que se pode utilizar para saber se uma ação está cara ou barata. Nesse sentido, ele representa o valor da empresa em bolsa dividido pelo seu patrimônio líquido.

A sua fórmula é a seguinte:

P/VP = Valor de mercado / Valor patrimonial

Quando o P/VP é inferior a 1, significa que a empresa vale em bolsa menos do que o seu patrimônio líquido. Isso pode significar que o mercado está vendo algum problema na ação, ou que ela representa uma boa oportunidade para o investidor. Para uma análise mais assertiva, deverão ser contemplados outros indicadores financeiros.

Enterprise Value (EV)

Também conhecido como valor da firma, o EV mostra quanto seria preciso gastar  para adquirir a empresa, considerando todos os seus ativos e passivos.

A fórmula do EV é a seguinte:

EV = valor de mercado + dívida – caixa

Por sua vez, o valor de mercado é obtido multiplicando o número de ações em circulação pelo preço de cada uma delas:

Valor de mercado: n° de ações em circulação X preço da ação.

EBITDA

EBITDA é uma sigla que significa earnings before interest, taxes, depreciation and amortization (ou lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).

Mostra a geração operacional da empresa, ou seja, o quanto ela gera de dinheiro somente com a sua atividade. Por isso, trata-se de um importante indicador de eficiência operacional, muito utilizado pela análise fundamentalista.

Dívida Líquida/EBITDA

A Dívida Líquida/EBITDA mostra a relação entre a dívida total da empresa e o quanto ela gera de caixa operacional. Em outras palavras, esse indicador demonstra quanto tempo seria necessário para a empresa pagar toda a sua dívida somente com a geração de caixa da própria operação.

Dívida Líquida/PL

Esse é mais um indicador de endividamento, que representa o total das dívidas da empresa em relação ao seu capital próprio. Dessa forma, quanto menor for a relação Dívida Líquida/PL, menos a empresa estará endividada e mais saudável será a sua situação financeira.

ROE

A sigla ROE (return on equity) significa retorno sobre o patrimônio líquido. Nesse sentido, o indicador mede a rentabilidade sobre o dinheiro colocado pelos acionistas na empresa.

Pode demonstrar o quanto a empresa consegue gerar de lucro com base no seu patrimônio líquido.

A sua fórmula é a seguinte:

ROE = lucro líquido do exercício / patrimônio líquido.

ROIC

ROIC (return on invested capital), ou retorno sobre o capital investido mostra o quanto a empresa gera de recursos mediante o capital investido (próprio e de terceiros)

Esse indicador permite uma noção geral da rentabilidade do negócio. Ou seja, quanto maior ele for, mais eficiente em termos de resultados a empresa será.

Para calcular o ROIC, é preciso conhecer o NOPAT e o capital investido.

Na tradução, NOPAT significa lucro operacional sem os impostos (ou EBIT). Por sua vez, o capital investido é a soma de todos os recursos investidos na empresa, sejam eles de sócios ou de terceiros.

Assim, temos que a fórmula do ROIC é:

ROIC = NOPAT / capital investido

Da mesma forma que o ROE, o ROIC está relacionado à rentabilidade da empresa. A diferença é que o ROIC considera em seu cálculo também o capital de terceiros, ao passo que o ROE contempla apenas o capital próprio na geração de resultados.

ROA

O ROA (return on assets), que significa retorno sobre ativos, é utilizado para avaliar a geração de valor de um negócio. Nesse sentido, o indicador demonstra, em percentual, quanto de dinheiro voltou para o investidor sob a forma de lucro.

Para calcular o ROA, basta dividir o Lucro Líquido pelo ativo total da empresa:

ROA = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

Teoricamente, quanto mais alto for o ROA, mais eficiente deverá ser a empresa. Isso porque ela tem capacidade de gerar mais resultado com um investimento menor em ativos.

Dividend Yield (DY)

O dividend yield (DY) é muito utilizado para quem busca ter renda passiva com investimentos. Isso porque ele demonstra o quanto uma ação paga de dividendos a um acionista, proporcionalmente à quantidade de ações que ele possui.

A fórmula do DY é a seguinte:

DY = dividendo por ação / preço da ação

Quanto maior for o DY, maior será o pagamento de dividendos que a empresa fará aos seus acionistas.

Dividend Payout

Já o dividend payout demonstra o quanto do lucro a empresa distribuirá aos acionistas. Ele é expresso em percentual, e sua fórmula é a seguinte:

Dividend Payout = (dividendos totais / lucro líquido) x 100

Estratégias Top down e bottom up: entenda o que são

Top down e bottom up são duas estratégias utilizadas pela análise fundamentalista para avaliação de investimentos. 

No entanto, elas contemplam aspectos diferentes e, por isso, o ideal é que sejam utilizadas de maneira complementar. A seguir, entenda o que são e qual a diferença entre ambas.

Top down

Top down (ou de cima para baixo) é uma estratégia de análise que inicia pelos fatores macroeconômicos, e vai descendo até alcançar detalhadamente os fundamentos da empresa.

Ao adotar essa estratégia, o investidor procurará entender primeiro o cenário econômico, indicadores de inflação, taxas de juros, câmbio, e assim por diante. 

Após analisar esses fatores, a próxima etapa é entender a atuação da empresa no mercado, comparando-a à concorrência. Por fim é que serão analisados os indicadores financeiros e outros detalhes inerentes à organização.

Em relação ao ciclo de negócios da empresa, a estratégia top down considera três etapas distintas:

  • Expansão: nesse momento, a expectativa é o incremento da atividade e a melhoria contínua dos resultados. Por isso, no período de expansão, normalmente os preços das ações estão em alta.
  • Pico: aqui, tanto a empresa quanto economia local já atingiram a maturidade. Ou seja, já não há tanto espaço para que o crescimento continue.
  • Contração: depois do pico, ocorre o movimento natural de contração, que é quando a atividade econômica começa a arrefecer. Isso significa que, de forma geral, o consumo desaquece e as empresas começam a reduzir a atividade. A etapa de contração é natural nos ciclos financeiros. No entanto, ela pode ser agravada, ou mesmo antecipada, por crises econômicas.
  • Ponto de virada: por fim, o ponto de virada reinicia o ciclo de retomada da atividade. Nesse momento, a economia começa a reagir e a população volta a consumir. Dessa forma, as empresas retomam gradualmente os patamares anteriores de produção.

Bottom up

Já a estratégia bottom up (de baixo para cima) é inversa ao top down. Ou seja, a análise da empresa inicia pelos pontos mais específicos, como demonstrações contábeis e indicadores financeiros. 

Logo após, serão avaliados os critérios de governança da empresa. Por último é que será feita a análise dos fatores macroeconômicos que influenciam no desempenho da companhia.

A metodologia bottom up classifica as empresas em três categorias: defensivas, cíclicas e em crescimento.

As empresas defensivas, também chamadas de anticíclicas, costumam ser menos vulneráveis aos ciclos econômicos. Isso porque as pessoas não deixam de consumir seus produtos mesmo quando a economia está contraída. Alguns exemplos são os setores de alimentação, medicamentos e serviços públicos.

Por outro lado, o desempenho das empresas cíclicas está diretamente relacionado com a performance da economia. Dessa forma, essas empresas apresentam bom desempenho em momentos prósperos. 

No entanto, períodos de recessão fazem com que reduzam as suas atividades. Nesse sentido, alguns exemplos são os segmentos da construção civil e a indústria.

Por fim, as empresas em crescimento são as que conseguem se descolar das tendências do mercado. Normalmente, isso acontece com startups e com outras empresas que investem fortemente em inovações tecnológicas.

Valuation

Por fim, conheceremos o valuation, que, traduzido literalmente, significa “avaliação” ou “valoração”.

De forma geral, o valuation busca relacionar o valor de uma ação ou outro ativo financeiro a fatores que possam influenciá-lo. Desse modo, consegue determinar quanto esse ativo poderá trazer de retorno ao investidor.

Existem diferentes maneiras de se fazer o valuation. Nesse sentido, algumas das mais conhecidas são as seguintes:

Fluxo de caixa descontado (FCD)

A metodologia do fluxo de caixa descontado é uma das mais completas formas de se fazer valuation. Basicamente, o FCD busca descobrir o valor futuro da empresa ao realizar projeções dos seus resultados. Dessa forma, pode-se  encontrar o valor intrínseco da companhia.

Uma das principais vantagens dessa metodologia é permitir avaliar o fluxo de caixa da empresa no médio e longo prazo. De forma geral, o período utilizado para o cálculo é de cinco a dez anos.

Múltiplos de mercado

Já o valuation baseado nos múltiplos de mercado utiliza a comparação de indicadores financeiros. Nesse caso, as comparações podem ser feitas entre os indicadores da própria empresa em diferentes anos ou entre os indicadores atuais e os de outras empresas de mesmo porte e setor de atuação.

Valor patrimonial

O valor patrimonial é a forma mais fácil e direta de fazer o valuation. Nesse caso, a empresa é avaliada pelo valor do seu patrimônio.

Basicamente, é como se fosse tirada uma fotografia da empresa em uma determinada data. Nesse momento, soma-se o ativo circulante e o ativo não circulante e, logo após, deduz-se todas as suas obrigações. O resultado do cálculo será o valor patrimonial da companhia.

No entanto, o valor patrimonial não considera no seu cálculo os ativos intangíveis. Por isso, poderão ocorrer distorções no caso de empresas que possuem marcas e patentes valiosas.

Valor de liquidação

Por fim, o valuation pelo valor de liquidação também é dado pela diferença entre os ativos e passivos da empresa. Nesse caso, a diferença é que o valor de liquidação é utilizado, normalmente, só para levantar o patrimônio total da companhia no caso de encerramento de suas atividades.

O que é value investing?

O value investing é uma das estratégias de investimentos mais utilizadas por grandes nomes do mercado financeiro. Nesse sentido, o nome clássico associado à técnica é Warren Buffet, o mais conhecido value investor do mercado.

Essa estratégia tem foco na rentabilidade da carteira a longo prazo.

Como funciona?

De forma geral, essa estratégia busca encontrar ações descontadas (abaixo do valor intrínseco) para investir. Por sua vez, o valor intrínseco representa o quanto a companhia realmente vale, considerando os seus fundamentos e as perspectivas do mercado.

O value investing foi desenvolvido por Benjamin Graham, um respeitável nome do mercado financeiro. Segundo ele, é necessário conhecer os fundamentos da empresa, e não somente observar os movimentos de alta e baixa dos seus preços. 

Dessa forma, será possível perceber quando as ações estão mais baratas do que realmente valem e, com isso, aproveitar esses momentos para comprá-las.

Princípios do value investing

Há quatro princípios básicos que devem ser observados ao analisar uma ação:

Procurar boas empresas

Exceto pelo deep value investing, um dos pontos fundamentais da técnica é procurar empresas com bons fundamentos para investir. Dessa forma, considere as empresas das quais você se imaginaria sócio daqui a alguns anos

Confiar no negócio

Outro ponto importante é a confiança que o investidor tem no negócio. Nesse sentido, é fundamental conhecer o ramo de atividade, quem são os gestores e qual sua expertise, retrospecto de resultados e assim por diante. Ao dominar todas essas variáveis, o investidor conseguirá confiar na companhia.

Saber analisar as empresas

Por meio da análise fundamentalista (também veremos na sequência) é possível encontrar boas empresas que estejam depreciadas. Dessa forma, é possível identificar ações de boas companhias com grande potencial de valorização.

Ter visão de longo prazo para o investimento

Por fim, no value investing é fundamental o horizonte de longo prazo para os investimentos. Isso porque o mercado acionário opera com grande volatilidade, e existem ciclos financeiros que atingem as empresas independentemente de sua performance. Por isso, é muito importante manter a calma mesmo em momentos de turbulência, pois isso é inerente da economia e do mercado de capitais.

Tipos de value investing

Basicamente, há dois tipos de value investing que o investidor pode adotar:

Deep value investing

Essa estratégia visa encontrar as ações mais depreciadas para investir. Como a prioridade é o preço das ações e não os seus fundamentos, o investidor acaba assumindo mais riscos.

Dessa maneira, consegue-se ter lucro mesmo com empresas à beira de um fechamento.

High quality investing

Já no high quality investing, como o próprio nome sugere, o foco é a alta qualidade dos papéis. Nesse caso, busca-se encontrar ações de empresas com bons fundamentos, mas que estejam depreciadas por problemas externos ou pontuais. 

Crises financeiras, problemas de gestão ou no setor de atuação são alguns exemplos de motivos que podem levar à queda de preços dos títulos e que não tem a ver especificamente com o desempenho da empresa.

Buy and hold e position trade

Buy and hold

Como o próprio nome sugere, é aquela em que o investidor compra o título com a intenção de permanecer com ele por um longo período. 

Basicamente, é dessa forma que o value investing opera. Ou seja, quem utiliza essa técnica deseja manter o ativo por bastante tempo na carteira, acompanhando todo o seu processo de valorização.

Position trade

Por outro lado, quem utiliza o position trade, tem como objetivo principal atingir determinada rentabilidade com o título. Assim que isso acontece, a ação é vendida.

O position trade não tem a ver, necessariamente, com o prazo do investimento. Isso porque pode levar anos para que a ação chegue no valor desejado pelo investidor. Ou também pode ser que isso aconteça rapidamente. 

Em outras palavras, não é o prazo que define uma ou outra modalidade, mas sim a intenção do investidor em permanecer com o ativo ou vendê-lo assim que possível para realizar lucros.

  • Agora que você já sabe mais sobre o análise fundamentalista, entenda os impactos desse indicador nos seus investimentos. Converse com um assessor. Abra uma conta na EQI Investimentos.