Nesta quarta (27), a câmara dos deputados do Chile votará a redução do próprio salário pela metade. Segundo levantamentos de institutos locais, o país é o que paga melhor os parlamentares no mundo. Os protestos que insurgiram no último mês estão colocando os congressistas em risco.
Uma das principais causas para os protestos é o alto salário dos deputados e senadores. Mesmo com o desconforto nos últimos anos, a situação dos pagamentos estava longe de se resolver, mas com as violentas manifestações, os parlamentares colocaram em pauta a diminuição dos salários.
Pressionados com o calor das ruas chilenas e após cinco anos de fracassadas tentativas de reforma salarial dos políticos, a iniciativa irá sair do papel. A proposta prevê diminuição de US$ 11.700 mensais (cerca de R$ 49.300) para US$ 5.850 (aproximadamente R$ 24.700).
Assim, é esperada a diminuição do clamor nas ruas chilenas e as críticas aos políticos do país sul-americano. Mas não é só no Chile que os parlamentares ganham muito. No Brasil a situação não é muito diferente.
De acordo com um estudo realizado pelo Centro Latinoamericano de Políticas Econômicas e Sociais (Clapes UC), os países que mais pagaram bem deputados e senadores são: Chile, México e Brasil.
Chile: US$ 23.035
México: US$ 20.609
Brasil: US$ 16.462
Além do salário, deputados brasileiros recebem auxílio-moradia no valor de R$ 4,2 mil mensais e cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, que varia de R$ 30,7 mil a R$ 45,6 mil, dependendo do Estado do deputado. Para senadores, essa bônus salarial vai de R$ 21 mil a R$ 44,2 mil por mês.
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