Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) junto a seus associados revelou que todos os participantes, ou seja, 100% dos entrevistados, esperam que o Banco Central inicie um processo de redução da taxa de juros em agosto, durante a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) agendada para os dias 1 e 2.
A previsão é de um primeiro corte de 0,25 ponto percentual, seguido por cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões. Com essa trajetória, a taxa básica de juros, a Selic, encerraria o ano de 2023 em 12%.
Para a EQI Asset, gestora da EQI Investimentos, no entanto, a perspectiva para os cortes será um pouco diferente: o recuo deve ser de 25 pontos-base no dia 2 do próximo mês, mas com Selic alcançando 11,75% até dezembro, com reduções de 50 pontos-base em setembro e outubro e 75 pontos-base na reunião final, de 13 de dezembro.
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Além disso, a pesquisa abordou o impacto do ambiente externo na condução da política monetária pelo Banco Central, com a maioria dos economistas (73,7%) considerando que os riscos estão equilibrados e não devem prejudicar o plano de voo do Copom.
Taxa de juros neutra e sinalização do Banco Central
No que diz respeito à taxa de juros neutra da economia, tema mencionado recentemente pelo Banco Central em sua comunicação oficial, 52,6% dos analistas consultados pela Febraban estimam que a taxa real neutra seja de 4,5% ao ano, ou até mesmo menor, o que está em consonância com a revisão recente do BC, que elevou a estimativa de 4% para 4,5%.
Por outro lado, os demais analistas (47,4%) acreditam que a taxa neutra seja superior a esse nível, ficando em 5% ao ano ou mais. No geral, a pesquisa indica que os analistas concordam com a sinalização do Banco Central em relação a uma taxa neutra mais elevada.
Previsões para o câmbio e os Estados Unidos
Em relação ao câmbio, a pesquisa revela uma expectativa de que o dólar encerre o ano cotado a R$ 5, um patamar inferior às previsões anteriores, que indicavam a moeda americana acima de R$ 5,20.
Já no que se refere aos Estados Unidos, não há consenso entre os analistas sobre o grau de aperto monetário restante na maior economia do mundo.
No entanto, a maioria dos consultados (52,6%) espera que o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, eleve os juros em apenas mais 0,25 ponto percentual, encerrando o ciclo no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.
Você leu sobre a expectativa dos bancos de redução da taxa de juros.
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