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Quem vai ser o ministro da Economia de Lula? Veja alguns dos candidatos

Quem vai ser o ministro da Economia de Lula? Veja alguns dos candidatos

A dúvida sobre quem vai ser o ministro da Economia de Lula no governo que se inicia em 1º de janeiro incomoda o mercado financeiro. A nomeação de André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida, anunciados nesta terça-feira (8) pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) aplacou um pouco a curiosidade, mas os players ainda esperam uma sinalização mais clara e a nomeação o quanto antes.

Primeiro, é preciso dizer que o governo Lula certamente não terá um ministro da Economia. A pasta foi criada no início do governo Jair Bolsonaro, em 2019, e entregue a Paulo Guedes,; Sob a alegação de corte de custos e enxugamento da máquina pública, o ministério da Economia reuniu quatro ministérios:

  • Ministério da Fazenda – responsável pela gestão da política econômica e dos recursos federais por meio da Secretaria do Tesouro Nacional;
  • Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – responsável pela gestão do Orçamento, pela análise de projetos de longo prazo e pela relação com os servidores;
  • Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – responsável pelas políticas de desenvolvimento da economia e pelas relações de comércio exterior, inclusive nos acordos comerciais;
  • Ministério do Trabalho – responsável pelas políticas de geração de emprego e renda, inclusive com fiscalizações de descumprimento das relações trabalhistas.

Em 2020, em busca de recomposição política com o Congresso, Bolsonaro recriou o Ministério do Trabalho. Agora, a tendência é que Lula volte a separar as funções, com o retorno das outras pastas. O mercado espera que esse anúncio, assim como os nomes, também seja feito o mais rápido possível.

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Então, quem será o ministro da Fazenda de Lula?

O principal nome da equipe econômica ainda é um mistério. Há informações de bastidores, inclusive, de que Lula ainda não escolheu o ministro da Fazenda, e que o fará também a partir do desempenho dos escolhidos para a equipe de transição.

Isso, porém, não significa que a escolha obrigatoriamente recairá sobre um dos nomes anunciados para a transição. O próprio Alckmin deixou isso claro em suas declarações. “O presidente Lula deixou claro que a indicação dos que vão participar da transição não tem relação direta com o ministério, com o governo. Podem participar, podem não participar, mas são questões bastante distintas. Esse é um trabalho de 50 dias, praticamente dois meses, de agora até dez dias após a posse”, afirmou o vice eleito.

Assim, por se tratar de um cargo que pode ter um viés mais político do que técnico, é possível que Lula opte por um nome mais ligado ao PT, com passagens pelos governos anteriores do partido, ou que ascenderam recentemente ao posto de lideranças partidárias, como, por exemplo:

  • Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e deputado federal por São Paulo;
  • Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação;
  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento e ex-presidente do BNDES;
  • Rui Costa, ex-governador da Bahia;
  • Wellington Dias, ex-governador do Piauí.

Lula e Alckmin sabem, contudo, que nomes mais ligados ao PT certamente sofreriam maior rejeição do mercado. Já um nome com maior aceitação do setor financeiro, como o de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda no governo Michel Temer (2016-2018) e presidente do Banco Central nos primeiros mandatos de Lula (2003-2010), parece hoje fora do radar.

Vale lembrar que, com a independência do BC, Lula só poderá indicar um nome para a instituição a partir de janeiro de 2025, na segunda metade do mandato. Até lá, o governo petista terá que trabalhar com o atual mandatário, Roberto Campos Neto, escolhido por Bolsonaro.

É possível, ainda, que os membros da equipe de transição ocupem cargos em outros ministérios, ou que estejam na Fazenda em postos como a secretaria-executiva ou uma das várias secretarias da pasta.

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Conheça melhor os nomes da equipe de transição

André Lara Resende

Formado em economia pela PUC-Rio, fez o mestrado na FGV e tem PhD pelo MIT. Foi diretor do Banco Central durante o governo José Sarney (1985-1989), quando participou da formulação do plano Cruzado (1986). Participou da equipe econômica do governo de Itamar Franco (1992-1994) e foi um dos responsáveis pela implantação do Real.

No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), foi assessor especial e presidente do BNDES, com papel importante na privatização do sistema Telebras. Deixou o governo depois de ser acusado de favorecer alguns grupos durante o processo, ao ser flagrado em grampos telefônicos, mas foi inocentado pela Justiça anos depois, quando já atuava somente na inciativa privada e como professor.

Embora se defina como “liberal” e tenha histórico de participação em governos com esse viés, Lara Resende  hoje é visto com ressalvas pelo mercado por opiniões menos ortodoxas a respeito da dívida pública, entre outros temas.

Guilherme Mello

Único nome da equipe de transição sem passagem anterior pelo poder público, Guilherme Mello é professor do Instituto de Economia da Unicamp e coordenador do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Econômico da instituição.

Graduado em Ciências Econômicas pela PUC-SP e em Ciências Sociais pela USP, com mestrado em Economia Política pela PUC-SP e doutorado em Ciência Econômica pela Unicamp, ele pesquisa a relação entre crise e sistema financeiro e coordena o Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas na área de Economia da Fundação Perseu Abramo, grupo de pesquisas do PT.

Sua presença na equipe é vista com naturalidade, pelo vínculo com o partido e com o ex-ministro Aloizio Mercadante, ainda que analistas vejam como pouco provável que seja nomeado ministro, até pela inexperiência em cargos públicos.

Nelson Barbosa

Economista formado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com PhD em Economia pela New School for Social Research (EUA), Nelson Barobsa é professor titular da FGV (Fundação Getúlio Vargas), professor adjunto da UnB e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia, ligado à FGV.

É um dos principais nomes do PT em questões ficais e por isso tende a ser voz relevante no debate sobre a regra que vai substituir o teto de gastos. Seu nome, no entanto, é visto com ressalvas por sua participação no segundo governo Dilma Rousseff (2015-2016), quando fracassou na tentativa de implantação da Nova Matriz Econômica.

Persio Arida

Formado em Economia pela USP, com PhD pelo MIT (EUA), trabalhou na implantação do Plano Cruzado (1986), no governo de José Sarney (1985-1989), e voltou ao governo no mandato de Itamar Franco (1992-1994), como presidente do BNDES, período em que também participou da formulação do Plano Real.

Foi o primeiro presidente do Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e depois dedicou-se a trabalhos na iniciativa privada. Dos nomes escolhidos para cuidar do processo de transição do governo no campo da economia, é certamente o de melhor aceitação pelo mercado financeiro.

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