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Produção industrial recua 1,6% em janeiro após alta em dezembro

Produção industrial recua 1,6% em janeiro após alta em dezembro

Em janeiro, a produção industrial no Brasil apresentou uma queda de 1,6% em comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (06), em linha com a expectativa do mercado. Por outro lado, em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 3,6% na produção, registrando o sexto resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação.

Janeiro 2024/ Dezembro 2023-1,60%
Janeiro 2024/ Janeiro 20233,60%
Acumulado no ano3,60%
Acumulado em 12 meses0,40%
Média Móvel Trimestral0,20%
Fonte: Agência IBGE

O índice acumulado do ano registrou um crescimento de 3,6%, enquanto o dos últimos doze meses avançou 0,4%, mostrando um aumento de ritmo em relação ao resultado de dezembro de 2023 (0,2%). Em dezembro, esse índice havia interrompido uma sequência de estabilidade observada em novembro (0,0%), outubro (0,0%) e setembro (0,0%) de 2023.

Produção industrial recua 1,6% em janeiro após alta em dezembro.
Fonte: IBGE

Produção industrial: impacto das atividades

A queda de 1,6% em janeiro de 2024, em relação ao mês anterior e ajustada sazonalmente, resultou na reversão de parte da expansão de 2,9% acumulada entre agosto e dezembro de 2023. Nesse período, dois dos quatro grandes setores econômicos e seis dos 25 ramos industriais investigados registraram uma diminuição na produção.

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Influências negativas

As influências negativas mais significativas entre as atividades industriais vieram das indústrias extrativas, com uma queda de 6,3%, e dos produtos alimentícios, que registraram uma redução de 5,0%. No caso das indústrias extrativas, essa queda interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, nos quais acumulou um ganho de 6,7%.

Quanto aos produtos alimentícios, a queda eliminou parte da expansão de 11,3% acumulada entre julho e dezembro de 2023. Além disso, outras contribuições negativas relevantes para o total da indústria vieram da confecção de artigos do vestuário e acessórios, com uma queda de 6,4%, e dos produtos têxteis, que registraram uma redução de 4,2%.

Leia também – Produção industrial dos EUA cai 0,1% em janeiro; vendas no varejo recuam 0,8%

Influências positivas

Por outro lado, entre as dezoito atividades que registraram expansão na produção, destacam-se os produtos químicos, com um aumento de 7,9%, os equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com um crescimento de 13,7%, os veículos automotores, reboques e carrocerias, que apresentaram um avanço de 4,0%, e as máquinas e equipamentos, com um aumento de 6,4%.

Esses setores exerceram os principais impactos em janeiro de 2024, com o setor de produtos químicos eliminando o recuo de 6,2% registrado no mês anterior, o segundo acumulando uma expansão de 31,6% em dois meses consecutivos de crescimento na produção, o terceiro setor intensificando o avanço observado em dezembro último (2,8%), e o último eliminando a perda de 3,1% acumulada nos dois últimos meses de 2023.

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Janeiro de 2024
Grandes Categorias EconômicasVariação (%)
Janeiro 2024 / Dezembro 2023*Janeiro 2024 / Janeiro 2023Acumulado Janeiro-JaneiroAcumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital5,20,40,4-10,6
Bens Intermediários-2,44,84,80,9
Bens de Consumo-1,52,52,51,7
Duráveis1,41,41,40,4
Semiduráveis e não Duráveis-1,02,62,61,9
Indústria Geral-1,63,63,60,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas   
*Série com ajuste sazonal    

Média móvel trimestral varia 0,2%

Na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria apresentou uma variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2024 em relação ao nível do mês anterior. Esse resultado mantém a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, em relação ao movimento deste índice na margem, os bens de consumo duráveis apresentaram o crescimento mais acentuado em janeiro de 2024, com um aumento de 1,5%. Esse resultado intensificou o avanço registrado em dezembro último, que foi de 0,4%.

Os setores produtores de bens de capital registraram um aumento de 1,0% em janeiro de 2024, enquanto os de bens intermediários apresentaram um crescimento de 0,3%. O setor de bens de capital interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, acumulando uma perda de 2,3% nesse período. Já o segundo manteve a trajetória ascendente iniciada em agosto de 2023.

Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis registrou um recuo de 0,3%, apresentando o único resultado negativo neste mês. Além disso, manteve-se com a trajetória predominantemente descendente iniciada em setembro de 2023

Tá, e aí?Stephan Kautz

Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, aponta que o primeiro resultado da produção industrial de 2024, que apresentou uma queda de 1,6% em comparação com o mês anterior, revelou uma diminuição generalizada em todos os setores, exceto no de bens de capital, devido a uma queda acentuada em dezembro.

“O primeiro resultado da produção industrial de 2024 observou uma queda generalizada em todos os setores, com exceção de bens de capital, devido a uma forte queda em dezembro. Em resumo, o setor não saiu do lugar”, avaliou.

Stephan ainda pontua que em geral, foi um resultado fraco que indica uma estagnação na produção industrial, ou seja, não tem demonstrado qualquer dinâmica de curto prazo, especialmente quando se exclui a parte distrativa. Este cenário sugere uma falta de impulso significativo na atividade industrial.

“Na nossa visão, portanto, o cenário de crescimento para este ano permanece fraco”, conclui.

Escute o áudio na íntegra:

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