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PMI Industrial do Brasil recua pelo segundo mês consecutivo

PMI Industrial do Brasil recua pelo segundo mês consecutivo

O índice de gerentes de compras – PMI industrial do Brasil – recuou pelo segundo mês consecutivo, de acordo com uma pesquisa divulgada pela S&P Global nesta quarta-feira (2). Os números revelam uma queda no PMI de 49 em setembro para 48,6 em outubro, um sinal de que a atividade industrial do país está em contração. 

O PMI é uma métrica amplamente utilizada que divide a atividade industrial em expansão e contração, com 50,0 sendo o ponto de equilíbrio. Qualquer número abaixo de 50,0 indica contração, enquanto números acima indicam crescimento.

Gráfico do PMI industrial do Brasil em outubro
Créditos: S&P Global

PMI industrial do Brasil: queda nos preços derrubou a pontuação

Segundo a pesquisa, a retração da demanda e tendências adversas nas vendas levaram a cortes na produção. Embora a queda tenha sido modesta, foi mais acentuada do que em setembro, destacando a gravidade da situação. 

Também foi registrada a segunda queda consecutiva nos novos pedidos feitos junto aos fabricantes brasileiros. 

Os gerentes de compras participantes da pesquisa comentaram sobre condições de demanda fraca, diminuição das exportações e uma conjuntura econômica difícil. 

A situação das exportações piorou em outubro, com os pedidos do exterior caindo ao ritmo mais acelerado desde março. Vários fatores foram apontados, incluindo as condições econômicas desafiadoras na Argentina, a redução da demanda global por produtos e pressões competitivas a nível internacional.

Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, comentou que, embora a retração no setor industrial do Brasil seja preocupante, há um aspecto positivo no fato de que a queda na demanda justificou quedas de preços. 

À medida que a incerteza econômica, a desestocagem e a baixa demanda dos clientes afetaram o setor industrial, a produção e os novos pedidos diminuíram pelo segundo mês consecutivo. O ânimo do mercado ficou um pouco para baixo, sem os clientes do mercado interno nem os de exportação dispostos a se comprometer com novos contratos”, comentou.

No entanto, Lima também destacou que a desaceleração na atividade industrial resultou em maior disponibilidade de recursos entre os fornecedores, o que ajudou a reduzir os preços das matérias-primas pelo sexto mês consecutivo em outubro. Isso, juntamente com condições competitivas e esforços para alavancar as vendas, continuou a se refletir em cortes nos preços de fábrica, o que poderia favorecer as vendas nos próximos meses.

Embora o cenário atual seja desafiador para o setor industrial brasileiro, a esperança reside na capacidade de adaptação e nas oportunidades de crescimento que podem surgir com a superação das dificuldades atuais.