O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) disse em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (10) que a Petrobras (PETR4) não será fatiada e nem o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica serão privatizados.
Segundo ele, “a democracia está de volta, a liberdade está de volta, e as empresas públicas serão respeitadas”.
A petroleira brasileira é uma companhia de capital misto, cujo maior acionista é a União, e o mercado tem grande interesse na desestatização da empresa.
Esse movimento, inclusive, estava na pauta do atual governo, bem como a privatização do Banco do Brasil e até a Caixa, embora não houvesse um prazo para isso.
Entretanto, a fala do presidente eleito vem em linha com o viés ideológico de boa parte dos grupos que integraram sua campanha, ou seja, nada de novo no discurso de Lula.
Porém, do lado do mercado de capitais, a bolsa brasileira – que já vinha em queda – reforçou sua baixa e passou a cair 1,99%, aos 111.322.10 pontos.
Já a ação PETR4, da Petrobras, recuava 2,94%, cotada em R$ 26,11, enquanto a PETR3, caía 2,50%, cotada em R$ 29,31. A primeira diz respeito às ações preferenciais (PN), enquanto a segunda se refere às ações ordinárias (ON).
O dólar, por sua vez, subia 3,23%, valendo R$ 5,35 por volta das 11h50.
O presidente Lula e as armas
O presidente eleito aproveitou para dizer que não pretende facilitar a compra de armas. “Vamos facilitar a compra de livros”, frisou, acrescentando que seu governo quer, ainda, mudar alguns conceitos. “Muita coisa passará a ser investimento”, destacou.
E disse mais: “sabe qual a regra de ouro desse país? É garantir que nenhuma criança vá dormir sem um copo de leite”.
Por fim, fez um apelo aos manifestantes que continuam tentando bloquear ruas e rodovias pelos país: “se estiverem me ouvindo pela internet, voltem para casa, não sejam violentos. Não peço para ninguém gostar de mim, só peço para respeitarem o resultado eleitoral. Vencemos as eleições e vamos recuperar este país. Eu não quero guerra, quero paz. Eu não quero armas, quero livros.”
Juros futuros
Os juros futuros disparam com fiscal e inflação: Jan/23 13,698%, de 13,669%; Jan/24 13,640%, de 13,048%; Jan/25 13,080%, de 12,017%.
- Jan/27 12,990%, de 11,898%; Jan/29 13,020%, de 12,009%; Jan/31 13,000%, de 12,079%
- O Tesouro, por sua vez, reduziu oferta no leilão (450 mil LTN e 100 mil NTN-F).
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