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Inflação na China é de 0,2% em 12 meses e analistas temem estagnação

Inflação na China é de 0,2% em 12 meses e analistas temem estagnação

Os dados da inflação na China em maio registraram queda de 0,2% na taxa mensal do CPI (índice de preços ao consumidor) e um índice acumulado de 0,2% nos últimos 12 meses. Os produtos de alimentação, principalmente, puxaram os preços para baixo, assim como o tabaco e o álcool.

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Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira e apontam, segundo analistas, para um cenário de estagnação econômica, com crescimento abaixo do esperado para o país desde o fim da política de covid zero, no ano passado.

O cenário vai na contramão das grandes potências mundiais, como EUA, Reino Unido e a União Europeia, que vêm mantendo taxas de juros elevadas na tentativa de controlar a pressão sobre a alta de preços. Nesta semana, Canadá e Austrália divulgaram também altas nos juros como medida para segurar a inflação.

A possibilidade de estagnação da economia chinesa é um fator preocupante em nível global porque a China é a mais pujante das economias emergentes e principal parceiro comercial de uma série de países, inclusive o Brasil. 

Assim, uma menor atividade econômica chinesa pode ter impacto na economia brasileira, especialmente na comercialização de commodities. “O cenário de deflação não é o melhor do mundo para o preço das commodities”, afirmou Luis Fernando Moran, head da EQI Research.

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No caso do índice de preços ao produtor (IPP), a inflação da indústria, o cenário de deflação é ainda maior, com queda acumulada de 4,6% nos últimos 12 meses até maio, depois do índice de -3,6% em abril.

Segundo o Birô Nacional de Estatísticas da China, o cenário de inflação baixa se deve a uma “fraqueza geral observada nos preços globais das commodities e na demanda geral”. No caso do PPI, as indústrias de mineração e matérias-primas lideraram as quedas nos preços.

Inflação na China: a visão de analistas

Analistas agora esperam anúncios do governo de novos pacotes de estímulo à economia e de ajuste fiscal para as próximas semanas. Zhiwei Zhang, da Pinpoint Asset Management, disse à CNBC que “o risco de deflação ainda está pesando na economia” e que “indicadores econômicos recentes enviam sinais consistentes de que a economia está esfriando”.

Já Andrew Maynard, da China Renaissance, afirmou que os sinais são de recuperação no médio prazo e que “não podemos ficar muito piores do que onde estamos atualmente”. 

Segundo ele, do ponto de vista do investimento, a China está “começando a ver pelo menos algum retorno a algum nível de estabilidade”, disse ele, acrescentando que as ações na China continental permanecem “relativamente atraentes”.