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As incertezas fiscais podem ter adiado a reversão do aperto monetário, diz Campos Neto

As incertezas fiscais podem ter adiado a reversão do aperto monetário, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que as incertezas fiscais motivaram uma alteração importante na precificação para o caminho da política monetária. Diante disso, a expectativa de reversão do ciclo de aperto monetário, que estava entre os meses de fevereiro e junho, seja adiada após os episódios recentes, como a PEC da Transição que prevê um gasto de R$ 175 bilhões fora do teto para o pagamento de benefícios sociais.

A declaração foi concedida, em inglês, nesta sexta-feira (18) durante um evento da Bloomberg, em São Paulo.

Agora a precificação é de alta no curto prazo em função de incertezas fiscais. De acordo com as expectativas do mercado, ainda há trabalho a ser feito no curto prazo“, disse Campos Neto. 

O presidente do BC apontou a sensibilidade dos mercados globais sobre os temas fiscais. Para exemplificar este fato citou a crise política no Reino Unido com a saída da ex-primeira-ministra Liz Truss. 

Quando olhamos a reação do Reino Unido, isso mostra que o mercado agora está pedindo soluções para a convergência da dívida e tentando entender como cuidamos do social com responsabilidade fiscal ao mesmo tempo“, declarou.

Campos Neto disse que é fundamental ter uma coordenação entre as políticas fiscal e monetária, ainda que ele não tenha controle sobre a primeira. “Não fazemos política fiscal, mas reforçamos que deve haver coordenação entre políticas fiscal e monetária“, reitera.

A autoridade do BC menciona que a dívida brasileira já está em níveis similares aos apresentados no início da pandemia de covid-19. Apesar disso, ele relembra a criação de diversos programas assistenciais durante o período pandêmico que estão se tornando permanentes. Na avaliação dele, o mercado está com dificuldades de compreender este novo fenômeno, principalmente sobre as formas de financiamento dele. 

Campos Neto comenta sobre os níveis de inflação

O presidente do BC destacou os sinais positivos na inflação, mas ele sinaliza que ainda não é o momento para celebrar. “Ainda não há razão para celebrar a melhora da inflação. Vemos bons sinais nos núcleos, mas temos que persistir“, sustenta.

Segundo Campos Neto, a inflação recente no Brasil não foi produzida pelo cenário interno, como tradicionalmente acontecia no passado. “Vamos continuar persistindo na estratégia, mas já vemos resultados. Em 2023 prevemos desaceleração da atividade por motivos como o efeito do aperto monetário“, explica.

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