O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,50% em março, após ter registrado alta de 1,00% em fevereiro. Com esse desempenho, o índice acumula alta de 0,60% em 2025 e avança 8,57% nos últimos 12 meses.
A queda foi influenciada principalmente pelo recuo nos preços de commodities e pela desaceleração da inflação ao consumidor, com destaque para energia elétrica e passagens aéreas.
Pressão menor no atacado: IPA recua 0,88%
O maior impacto sobre o IGP-DI veio do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que caiu 0,88% em março, um recuo expressivo frente ao avanço de 1,03% registrado no mês anterior. Esse movimento reflete a queda nos preços de matérias-primas importantes, como minério de ferro (-2,10%), bovinos e arroz.
Apesar da alta de 0,47% nos Bens Finais, houve desaceleração em relação a fevereiro (0,79%). Já os Bens Intermediários apresentaram queda de 0,29%, revertendo a alta de 0,51% no mês anterior. O índice que exclui combustíveis e lubrificantes subiu apenas 0,01%, sinalizando um ambiente de menor pressão inflacionária na indústria.
Consumo desacelera: IPC marca 0,44%
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também mostrou arrefecimento, registrando alta de 0,44% em março, ante 1,18% em fevereiro. Entre os grupos com menor variação, destacam-se Habitação (de 3,80% para 0,52%), Transportes (de 1,41% para 0,41%) e Vestuário (de 0,14% para -0,01%). A energia elétrica e as passagens aéreas foram itens importantes para essa desaceleração.
Por outro lado, alguns grupos mostraram aceleração, como Alimentação (de 1,02% para 1,19%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,38% para 0,56%). O Núcleo do IPC, que exclui itens mais voláteis, ficou em 0,46%, ligeiramente abaixo dos 0,48% de fevereiro. O Índice de Difusão, que mostra o percentual de itens com aumento de preços, também caiu, de 64,52% para 62,58%.
Construção com inflação estável: INCC sobe 0,39%
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou variação de 0,39% em março, muito próxima dos 0,40% observados no mês anterior. Entre os componentes, Materiais e Equipamentos (0,24%) e Serviços (0,23%) desaceleraram, enquanto Mão de Obra acelerou de 0,37% para 0,61%.
Quadro geral: inflação sob controle, mas atenção ao cenário
A queda do IGP-DI em março reflete um alívio no ambiente inflacionário, impulsionado por fatores sazonais e redução de custos em cadeias produtivas. Ainda assim, o acumulado em 12 meses segue elevado (8,57%), exigindo atenção contínua do mercado e dos formuladores de política econômica.
Essa desaceleração nos principais índices é uma sinalização positiva, mas não definitiva. Oscilações nos preços de commodities e serviços essenciais continuam sendo fatores de risco para o comportamento dos preços nos próximos meses.
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