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IGP-10 acelera em agosto, acima da projeção

IGP-10 acelera em agosto, acima da projeção

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou para 0,72% em agosto, ante 0,45% em julho e expectativa do mercado de alta de 0,70%. Na base anual, o índice subiu de 3,38% para 4,26%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pela FGV.

Com esse desempenho, o índice acumula um aumento de 2,36% no ano. Comparativamente, em agosto de 2023, o IGP-10 havia caído 0,13% no mês e acumulava uma queda de 7,37% em 12 meses.

Segundo André Braz, economista responsável pela pesquisa, o reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em julho foi integralmente refletido no IGP-10, impactando tanto o índice ao produtos quanto ao consumidor, com a gasolina emergindo como a principal influência em ambos os índices. Esse fator foi determinante para a aceleração observada. Por outro lado, a desaceleração dos custos de construção deve-se à redução da taxa do grupo mão de obra.

O IGP-10 é composto por três subíndices, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente.

IGP-10: IPA

O IPA registrou uma alta de 0,84%, superior ao 0,49% observado no mês anterior. No detalhamento dos estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram 0,09% em agosto, levemente acima do 0,07% registrado no mês anterior. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo de combustíveis para o consumo, cuja taxa saltou de 0,73% para 6,56%. Excluindo os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de Bens Finais variou 0,25% em agosto, comparado a 0,49% em julho.

No grupo de Bens Intermediários, a taxa subiu de 0,44% em julho para 1,26% em agosto, influenciada pelo aumento nos preços de combustíveis e lubrificantes para a produção, que variaram de 0,24% para 2,20%. Retirando o impacto desses combustíveis, o índice de Bens Intermediários subiu 1,09% em agosto, acima dos 0,48% registrados no mês anterior.

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O grupo de Matérias-Primas Brutas apresentou uma taxa de 1,12% em agosto, superior ao 0,96% de julho. As principais contribuições para esse avanço vieram dos itens bovinos (-0,88% para 2,67%), cana-de-açúcar (0,21% para 1,85%) e aves (-2,90% para 1,03%). Por outro lado, itens como soja em grão (1,96% para -0,26%), minério de ferro (-0,60% para -1,68%) e café em grão (9,42% para 5,23%) tiveram quedas significativas.

IPC

O IPC subiu 0,33% em agosto, após uma variação de 0,24% em julho. Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram aceleração em suas taxas: Transportes (0,28% para 1,52%), Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 1,88%), Habitação (0,14% para 0,31%), Despesas Diversas (0,95% para 1,34%) e Comunicação (0,08% para 0,30%).

Destaque para os itens gasolina (0,52% para 4,56%), passagem aérea (3,53% para 11,21%), gás de bujão (-0,11% para 1,50%), cigarros (0,02% para 1,00%) e mensalidade para TV por assinatura (0,22% para 1,64%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (-0,12% para -1,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para -0,01%) e Vestuário (0,18% para -0,18%) apresentaram queda em suas taxas de variação, influenciadas por hortaliças e legumes (-3,14% para -15,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,75% para -1,02%) e roupas (0,12% para -0,27%).

INCC

O registrou variação de 0,59% em agosto, uma leve aceleração em relação aos 0,54% de julho. Dentro dos componentes do INCC, Materiais e Equipamentos tiveram um aumento significativo, de 0,38% em julho para 0,69% em agosto. Os Serviços, que haviam variado 0,08% em julho, subiram para 0,62% em agosto. Já o grupo Mão de Obra desacelerou, passando de 0,83% em julho para 0,47% em agosto.

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