Os Estados Unidos anunciaram sanções contra um grupo de 10 integrantes do Hamas e a rede financeira em Gaza, Sudão, Turquia, Argélia e Catar. A iniciativa do país visa frear a capacidade do grupo de angariar fundos após o início dos ataques a Israel no último dia 7.
O anúncio foi feito por parte do Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro nesta quarta-feira (18), em que o presidente americano Joe Biden está em Israel.
Seis dos indivíduos punidos pelos EUA são acusados de gerir uma carteira de investimentos de centenas de milhões de dólares com empresas na Turquia, Argélia, Sudão, Emirados Árabes Unidos e outros países. O grupo se aproveita de empresas de fachada e gera receitas para apoiar funcionários do Hamas, afirmou o Tesouro norte-americano.
Hamas: quem são os punidos pelos EUA
O governo norte-americano sancionou dois altos membros da liderança do Hamas, Muhammad Ahmad ‘Abd Al-Dayim Nasrallah e Ayman Nofal, além da Buy Cash Money and Money Transfer Company, uma casa de câmbio virtual com sede em Gaza.
Os investimentos e as redes permitem à organização, que é classificada como terrorista pelos EUA e pela União Europeia, levantar recursos independentemente do apoio que já recebe do Irã.
“Os Estados Unidos estão tomando medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e facilitadores do Hamas após o massacre brutal e injustificado de civis israelitas, incluindo crianças”, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, no comunicado.
“Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de angariar e utilizar fundos para cometer atrocidades e aterrorizar o povo de Israel.”
Muhammad é tido como “agente de longa data do Hamas baseado no Catar, com laços estreitos com elementos iranianos”, segundo Yellen. Ele é acusado de transferir milhões de dólares para o Hamas, incluindo o braço militar do grupo, Brigadas Izz al-Din al-Qassim.
Nofal faz parte das brigadas e é comandante das relações militares do Hamas. Ele teria sido morto em um ataque aéreo na terça-feira (17).
Um grupo bipartidário de 113 deputados do Congresso dos EUA também pressiona Joe Biden para “responsabilizar o Irã” pelo papel de apoiar o Hamas, segundo a CNN.
Os EUA informaram que estão em comunicação direta com os países envolvidos na rede financeira para punir aqueles que financiam o terrorismo do Hamas e de outras organizações na região.
