O Brasil teve saldo positivo de 83.297 empregos formais em janeiro de 2023, segundo os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho. Os dados do Caged de janeiro registraram 1.874.226 admissões e 1.790.929 desligamentos.
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O resultado mostra uma leve recuperação do mercado de trabalho, após o fechamento de 431 mil vagas nos dados do Caged de dezembro. O número de admissões subiu 33,7%, enquanto os desligamentos caíram 2,78%
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O Caged contém apenas os dados de empregos formais, compilados pelo Ministério do Trabalho a partir de informações fornecidas pelas próprias empresas por meios eletrônicos. O estoque de vagas, que é o total de empregos formais, ficou em 42.527.722 vínculos, uma variação positiva de 0,20% em relação a dezembro.
O salário médio de admissão em janeiro foi de R$ 2.012,78, aumento real de 4,62% em relação a dezembro, puxado principalmente pelo reajuste do salário mínimo, que passou a valer em 1º de janeiro.
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Caged de janeiro: dados setoriais
O setor de serviços deu a maior contribuição para o saldo positivo, com a criação de 40.686 vagas, distribuídas principalmente entre os subsetores de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas e de Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que juntos somaram quase 90% desse número.
Os demais setores também tiveram saldo positivo, à exceção do comércio. Veja abaixo os números:
- Serviços: +40.686
- Construção civil: +38.965
- Indústria geral: +34.023
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: +23.147
- Comércio; -53.524
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Caged de janeiro: dados regionais
Na divisão por regiões do país, três regiões tiveram saldo positivo na criação de vagas, enquanto duas registraram fechamento de empregos:
- Sul: +32.169 (+0,41%)
- Centro-Oeste: +27.352 (+0,74%)
- Sudeste: +18.778 (+0,09%)
- Nordeste: -13 (0,00%);
- Norte: -482 postos (-0,02%)
Na contagem isolada por Estado, destacou-se São Paulo, com saldo positivo de 18.663 postos (+0,14%), praticamente todo o crescimento da região Sudeste. Na outra ponta, a Paraíba teve queda de 1.717 vagas (-0,38%).
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O economista-chefe da EQI Asset, Stephan F. Kautz, afirma que os dados positivos vieram acima do esperado pelo consenso do mercado, mas confirmam a projeção de que o mercado de trabalho deve ficar menos aquecido neste ano em relação a 2022.
“Nós temos a projeção de um aumento de 600 mil vagas até o fim do ano. Esse número veio um pouco acima, mas acredito que o mercado segue como esperamos, mais lento do que no ano passado, acompanhando o crescimento do PIB, que deve ser menor também”, disse o analista. As projeções da EQI Asset para o crescimento do PIB em 2023 são de 1,5%, contra 2,8% em 2022.
Ele destacou ainda que, embora o setor de serviços tenha tido o melhor desempenho no Caged de janeiro, o resultado vem mais fraco do que o mesmo setor apresentava no ano passado. “Foi o setor que puxou a alta do PIB no primeiro semestre de 2022 e vem desacelerando desde o ano passado, como mostram os números do Caged, um crescimento bem mais lento”, explicou Kautz.
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