O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China neste ano para 2,8%. A previsão anterior era de 4,8%, e o novo número está abaixo da média da previsão para os países em desenvolvimento no leste da Ásia. Se os números forem confirmados, será a primeira vez desde 1990 que isso acontece.
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A economia chinesa, a segunda maior do mundo hoje, atrás apenas nos Estados Unidos, vem sofrendo nos últimos meses com uma crise no mercado imobiliário, com queda nas vendas, nos preços e nos índices de atividade da construção civil. O excesso de endividamento de algumas incorporadoras resultou na interrupção de obras e também na perda de confiança dos consumidores.
Além disso, o país enfrenta consequências da adoção de lockdowns tardios como política de tolerância zero com a covid-19, num momento em que a OMS já estuda decretar oficialmente o fim da pandemia.
Na semana passada, o Banco de Desenvolvimento da Ásia (ADB) já havia reduzido sua previsão de crescimento para a China, de 5% para 3,3%. O FMI, por enquanto, mantém a previsão de 3,3% de crescimento do PIB.
A região abrangida pelo relatório do Banco Mundial inclui 22 economias consideradas em desenvolvimento no sudeste asiático, como Vietnã, Filipinas, Malásia e Indonésia, além de ilhas do Pacífico, como Samoa e Tonga. Coreia do Sul, Cingapura e Japão.
Segundo a instituição, os países considerados em desenvolvimento no leste asiático devem dobrar o crescimento médio em relação a 2021, graças à retomada do turismo após o fim das restrições relacionadas à covid-19.
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Para o Vietnã, a previsão é de crescimento do PIB acima dos 7%, e para as Dilipinas, acima de 6%. Alguns desses países, aliás, ainda não recuperaram totalmente os índices de atividade econômica de antes da pandemia, o que abre espaço para a continuação desse crescimento interno.
A instituição, porém, observa que as perspectivas de médio prazo para a região podem ser ameaçadas caso o ritmo do aumento das taxas de juros pelo Fed e pelo Banco Central europeu, a fim de conter a alta de inflação, pode afetar o crescimento de forma global e alimentar tensões financeiras em países muito endividados, casos de Laos e Mongólia, segundo o Banco Mundial.
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