A arrecadação federal atingiu um novo recorde em maio, com um aumento real de 10,46% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 202,979 bilhões. No acumulado de janeiro a maio de 2024, também foi alcançado um valor inédito de R$ 1,089 trilhões, representando um aumento real de 8,72%.
Os dois números foram divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (25) e refletem o desempenho arrecadatório mais alto registrado pelo Fisco em 30 anos, desde o início da série em 1995. Este resultado ficou ligeiramente acima dos 199,726 bilhões de reais estimados por economistas na pesquisa da Reuters.
Arrecadação federal: sexto recorde mensal consecutivo
Segundo a Receita Federal, o desempenho positivo do mês, que garantiu o sexto recorde mensal consecutivo para as receitas, foi influenciado pelo “comportamento das variáveis macroeconômicas”, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação de fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior.
Por outro lado, pela primeira vez, o fisco mencionou uma perda substancial de arrecadação devido à decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul, que resultou no diferimento de R$ 4,4 bilhões em tributos federais que seriam recolhidos no mês passado.
A atualização de bens e direitos no exterior, em particular, contribuiu para uma alta de 44,82% na arrecadação do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) ao levantar 7,2 bilhões de reais.
A tributação sobre fundos exclusivos, que tem sido um fator positivo para o desempenho da arrecadação desde sua aprovação pelo Congresso no ano passado, gerou aproximadamente R$ 820 milhões em receitas em maio.
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