O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu prazo de três dias para que a Enel restabeleça por completo o fornecimento de energia após o apagão em São Paulo. A cidade e região metropolitana enfrentam nesta segunda-feira (14) mais um dia sem uma previsão sobre retorno de energia.
“Eu disse à Enel que ela cometeu um grave erro de comunicação e de compromisso contratual ao não fornecer um prazo objetivo. Ela tem três dias para restabelecer a maior parte da energia”, afirmou o ministro.
De acordo com o ministro, a prioridade do governo federal é restabelecer a energia elétrica para mais de 400 mil imóveis na capital e região metropolitana, ainda sem luz após o forte temporal que atingiu a área na última sexta-feira (11). A ação será reforçada por equipes de outras concessionárias de energia do país, além dos 1.400 profissionais da Enel, distribuidora responsável pelas áreas afetadas.
Apagão em São Paulo: concessionárias reforçam trabalho da Enel
Durante entrevista na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Silveira anunciou que, somando-se às equipes de outras concessionárias, o número de profissionais trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia será ampliado para 2.900.
“Além dos caminhões da Enel, teremos mais 200 veículos e mais de 50 equipamentos para reforçar essa força-tarefa”, detalhou o ministro, de acordo com a Agência Brasil.
O ministro também criticou a redução da mão de obra qualificada no setor de energia e alertou que as distribuidoras poderão ser penalizadas caso não melhorem a frequência e a duração de eventos como este. “O setor precisa se antecipar aos eventos climáticos severos, que estão cada vez mais frequentes. Não podemos aceitar uma postura reativa”, pontuou.
Além disso, Silveira negou que o governo esteja discutindo a renovação da concessão da Enel, como sugerido pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. “Isso é fake news. O contrato da Enel vence em 2028, e a empresa tem até 2026 para se manifestar sobre a renovação. Não estamos tratando da renovação agora”, declarou o ministro.
O temporal que atingiu São Paulo deixou vários bairros sem luz e afetou até a distribuição de água. Até sábado, sete mortes haviam sido confirmadas em decorrência das chuvas, sendo três em Bauru, no interior, e quatro na região metropolitana da capital.
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