O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os juros nos Estados Unidos devem atingir patamares mais altos que os projetados inicialmente pelo mercado para conseguir derrubar a inflação para perto da meta de 2% ao ano. O discurso de Powell foi feito nesta terça-feira (7) ao comitê bancário do Senado dos EUA.
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A taxa de juros nos EUA está no intervalo entre 4,5% e 4,75% ao ano, depois de ser elevada em 0,25 p.p. na última reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, o banco central norte-americano, em 1º de fevereiro. A próxima reunião do Fomc será na semana que vem. “Vamos tomar decisões a cada reunião, levando dados em consideração”, disse.
As projeções iniciais do mercado, quando o Fed iniciou o processo de aperto monetário, colocaram os juros máximos en 5,5%, na maioria dos casos. O problema é que, segundo Powell, os indicadores recentes mostram que a inflação ainda está longe de ser controlada.
“Estamos comprometidos em trazer a inflação de volta à meta de 2% e os efeitos do nosso trabalho ainda não foram sentidos. Temos mais trabalho a fazer”, explicou o economista aos parlamentares. Sobre o risco de uma recessão, temido por parte dos empresários e dos consumidores, ele disse acreditar que conter a inflação é prioridade. “Sem estabilidade nos preços a economia não funciona para ninguém.”
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Discurso de Powell: serviços pressionam alta
Jerome Powell disse, durante seu discurso, que a maior preocupação é com a inflação nos serviços, onde há “poucos sinais de desaceleração” e forte pressão sobre os preços. “Os dados de janeiro mostram que houve uma reversão parcial da tendência de abrandamento”, declarou.
Os serviços fazem parte do chamado núcleo da inflação, que desconsidera variações nos preços de alimentos e de energia, considerados mais voláteis e sujeitos a sazonalidades.
Pelo PCE, índice mais usado pelo Fed para balizar suas decisões, a inflação de janeiro nos EUA foi de 0,6%, ante 0,2% em dezembro, com um acumulado de 5,4% nos últimos 12 meses. O núcleo do PCE ficou também em 0,6%, ante 0,4% em dezembro. No acumulado de 12 meses, está em 4,7%.
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