Em novo relatório divulgado nesta quinta-feira (10), o Banco BTG avaliou o resultado da Tegma (TGMA3) no 4TRI21. De acordo com a instituição financeira, a empresa que atua no setor de logística obteve números sólidos frente a grandes desafios. O BTG mantém a recomendação de compra, ao preço-alvo de R$ 23.

A Tegma registrou a receita de R$ 305 milhões e o seu Ebitda foi de R$ 49 milhões, número menor que os R$ 53 milhões computados no 4T20.

Para o banco de investimentos, o índice sofreu impacto positivo de R$ 3 milhões devido a venda da Frete Rápido. Desta forma, o Ebitda ajustado foi de R$ 46 milhões – que representa o percentual de – 21% ao ano e 6% abaixo das projeções do BTG.

O lucro líquido da empresa foi R$ 29 milhões, o que é considerado estável e o valor com ajuste foi de R$ 25 milhões, número este, abaixo das estimativas do banco:  R$ 28 milhões.

BTG (BPAC11): obstáculos na logística

A Tegma encontrou obstáculos no setor de logística automotiva devido a cadeia de suprimentos das montadoras. A empresa registrou receita bruta estável de R$ 399 milhões, e de acordo com o BTG, os entraves estão associados a queda no número de veículos transportados.

O Ebitda da divisão somou R$ 37 milhões com -16% a/a e a margem foi de 13% (-240 bps a/a). Para o banco de investimentos, este nível é considerado bom em meio aos grandes desafios da Tegma.

Desempenho fraco na logística integrada

A logística integrada também sofreu impactos. Segundo o relatório do BTG, a perda de um contrato de armazenagem no final de 2020 afetou o faturamento bruto da seção. A logística industrial também encontrou dificuldades  relacionadas a atracação de dois navios com insumos transportados pela Tegma.

Ao todo, a empresa somou R$ 33 milhões em receita líquida, o que simboliza queda de 18% ao ano. O Ebitda totalizou R$ 12 milhões, com crescimento de 21% a/a.

“Excluindo o impacto de R$ 3 milhões relacionado à venda da participação da Tegma no Frete Rápido, o EBITDA ajustado foi de R$ 9 milhões (-38% a/a; 15% abaixo de nossa estimativa), gerando uma margem de
28% (-910bps a/a; 370bps abaixo de nós).” informou trecho do relatório.

Queda no ROIC

O ROIC sofreu queda de 18% e este cenário representou grandes desafios para a empresa que atua no setor de logística, que obteve R$ 6 milhões em seu capex, o que é abaixo dos R$ 10 milhões registrados no último trimestre.

Apesar das adversidades, a empresa conseguiu manter o seu caixa líquido positivo e anunciou o pagamento de R$ 22 milhões em dividendos e JCPs para abril deste ano. Por fim, a Tegma registrou o índice de valuation em (9x Preço/Lucros em 2022).