Algumas instituições financeiras brasileiras estão indignadas com uma proteção judicial obtida pela Oi (OIBR3) para se proteger de credores, justamente porque a tele saiu da recuperação judicial no fim de dezembro de 2022.
Isso levou o Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Caixa Econômica – sendo este último um banco público – a entrarem na Justiça para contestar a medida.
Na prática, as instituições financeiras querem executar dívidas que a tele junto a elas e, por isso, tentam revogar a liminar.
Também porque ao que tudo indica a operadora de redes e telefonia irá- de fato, pedir uma segunda recuperação judicial nas próximas semanas.
Caso isso aconteça, a companhia terá mais uma blindagem contra credores visando, assim, manter as operações funcionando enquanto negocia seus débitos.
Enquanto isso, os bancos alegam que a Oi não pode encaminhar uma nova recuperação judicial, uma vez que, no entendimento deles, a última RJ ainda está vigente.
Vale destacar que mesmo que a Justiça tenha encerrado a recuperação judicial em dezembro do ano passado, o processo não transitou em julgado. Esse é o ponto alavancado pelos bancos.

Oi (OIBR3): EUA
Em documento encaminhado ao mercado, ontem, a Oi confirmou que o Juízo de Falências dos EUA deferiu ontem (13/2) os pedidos da empresa e de suas subsidiárias com o objetivo de obter tutela de urgência cautelar para, dentre outros, suspender a execução/exigibilidade de certas obrigações assumidas pelas requerentes.
Com isso, afirma a Oi, a decisão sobre o reconhecimento do processo cautelar e de eventual pedido de recuperação judicial que venha a ser ajuizado no Brasil no prazo legal como um procedimento principal estrangeiro será apreciado pelo Tribunal Federal de Falências do Distrito Sul de Nova York em audiência marcada para o dia 29 de março de 2023, às 10h (horário de Nova York).
Ibovespa
A ação OIBR3 encerrou o dia 14 de fevereiro de 2023 cotada em R$ 1,95, enquanto a ação OIBR4 encerrou cotada em R$ 3,88.
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