A agência S&P Global Ratings rebaixou o rating da Sequoia (SEQL3) para o nível ”brCC”, após a convocação de uma assembleia de debenturistas, para o dia 11 de setembro, que vai discutir a concessão de um waiver (perdão temporário) para o não pagamento dos juros devidos nos próximos cinco meses, entre setembro de 2023 e janeiro de 2024, num valor estimado de R$ 20 milhões.
O índice estava em “brA-”, e a agência mudou também a classificação da 3ª emissão de debêntures senior unsecured da empresa na mesma escala, de “brA-” para “brCC”. “Os resultados do segundo trimestre de 2023 foram mais fracos do que esperávamos
anteriormente. Isso, somado a atrasos nos processos de vendas de ativos, levou a uma forte pressão de liquidez para a empresa”, informou a S&P.
A agência de risco também informou que poderá rebaixar os ratings para “SD” (default seletivo) ou “D” (default) caso a empresa não honre os pagamentos de juros ou de principal de suas dívidas.
“Em nossa visão, mesmo que os debenturistas concedam o waiver em antecipação à data de pagamento de juros, veríamos o não pagamento como um evento de default, por constituir uma quebra da promessa original de pagamento da dívida”, acrescentou a S&P.
Segundo a empresa de classificação de risco, uma ação de rating positivo dependeria de uma melhor estrutura de capital e liquidez. No segundo trimestre de 2023, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 121,4 milhões.
As ações da Sequoia (SQEL3) derreteram ao longo dos últimos 12 meses, saindo de um patamar acima de R$ 7,30, em agosto do ano passado, para R$ 0,76 no fechamento desta quinta-feira (24).
