O Santander ($SANB11) reportou um lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1TRI25). Este número representa uma leve alta de 0,2% em comparação com o último trimestre de 2024 e um expressivo crescimento de 27,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
Na análise contábil, o lucro alcançou R$ 3,77 bilhões, com avanço trimestral de 0,9% e anual de 28,7%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) atingiu 17,4%, com leve queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 3,3 pontos percentuais na comparação com o 1TRI24.
A margem financeira bruta somou R$ 15,922 bilhões, apresentando recuo de 0,4% na comparação trimestral, mas crescimento de 7,7% na comparação anual. Segundo o banco, a leve queda trimestral foi influenciada pelo menor número de dias úteis no períod noo.
A carteira de crédito ampliada ficou praticamente estável, totalizando R$ 682,3 bilhões, com variação negativa de 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2024, mas crescimento de 4,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A instituição destacou que manteve a disciplina na alocação de capital, priorizando linhas de maior rentabilidade.
Nas receitas com prestação de serviços e tarifas (comissões), o banco registrou R$ 5,1 bilhões, queda de 6,9% na comparação trimestral, atribuída a efeitos sazonais, mas com crescimento anual de 5,1%.
O saldo de captações atingiu R$ 651,5 bilhões, aumento de 0,9% em relação ao trimestre anterior e de 4,5% na comparação anual. O banco destacou o avanço no plano de expansão dos passivos com foco em pessoa física.
Quanto à qualidade da carteira de crédito, o custo do crédito recorrente apresentou aumento, que segundo o banco foi impactado pela implementação da Resolução CMN nº 4.966/21. A inadimplência acima de 90 dias foi reportada como “controlada e dentro dos parâmetros compatíveis” com o portfólio desejado pela instituição e o cenário macroeconômico atual.
O banco ressaltou seu “controle rígido de gastos”, que resultou em uma boa evolução do índice de eficiência, alcançando o menor patamar dos últimos três anos, refletindo sua cultura de produtividade.
Balanço do Santander: destaques da administração
O Santander Brasil destacou avanços em suas “alavancas estratégicas” para impulsionar os negócios, incluindo:
- Financeira: descrita como a maior do país e líder em financiamento de carros elétricos, com jornadas simplificadas e evolução na concessão de crédito, especialmente para clientes com melhores ratings;
- PMEs: resultados positivos após a renovação da oferta de serviços, com melhor atendimento, maior produtividade e satisfação dos clientes;
- Cartões: lançamento de nova plataforma onde o cliente tem acesso a produtos oferecidos pelos principais varejistas diretamente no aplicativo, com mais da metade da carteira concentrada no segmento Select;
- Pessoa Física: simplificação da segmentação e das ofertas, proporcionando atendimento multicanal e personalizado, além de reforço das marcas Santander e Select.
A instituição também mencionou avanços na transformação digital, com o lançamento do “One”, que visa tornar a relação com os clientes “mais personalizada, integrada e eficiente”, além da implementação do Pix por aproximação e outras inovações em pagamentos.
“O resultado do primeiro trimestre de 2025 reflete nosso foco na execução da estratégia construída ao longo dos últimos anos, voltada para uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e rentável“, afirmou o banco em seu relatório, destacando a manutenção dos patamares de lucro e rentabilidade “a despeito de um ambiente macroeconômico doméstico e internacional mais desafiador”.
Para 2025, o Santander Brasil afirmou que pretende “seguir transformando nossa relação com os clientes” e reiterou seu compromisso com a “evolução sustentável” do retorno sobre o patrimônio, mantendo a disciplina na alocação de capital.