A produção global de chips continua em queda, afirma a multinacional taiwanesa TMSC.
Por conta disto, a perspectiva é de receita menor em 2023, destaca a empresa que fornece à Apple e Nvidia.
Também traz que esse viés de baixa deverá persistir por um bom tempo ainda, e o alerta acende o sinal vermelho para montadoras de automóveis e empresas de tecnologia.
O declínio apontado pela firma asiática é de cerca de 10% nas vendas deste ano, quando a projeção anterior indicava recuo de 1 dígito.
Nas contas da empresa, as vendas do segundo trimestre de 2023 devem ficar entre US$ 16,7 bilhões e US$ 17,5 bilhões, volume considerado baixo.
Já as despesas de capital para 2023 devem estar no limite inferior da previsão anterior, de US$ 32 bilhões até US$ 36 bilhões.
A companhia ressalta, porém, que suas operações também foram afetadas pela queda global na demanda por smartphones e PCs. Isso fez com que a firma registrasse sua primeira queda de lucro trimestral, para US$ 5,85 bilhões.
Outro ponto de inflexão diz respeito à falta de mão de obra especializada. Esse fator obrigou a companhia a adiantar a produção de sua nova fábrica no Arizona.
Produção global de chips
As ações da TMSC reportam alta de 6,63% no período de seis meses, e alta de 15,57% no período de um ano.
Se por um lado a queda na produção de chips reflete diretamente em seu balanço, por outro a companhia também “surfa” a onda das inteligências artificiais.
Sua cliente, a Apple, testa discretamente ferramentas de IA que podem fazer frente à tecnologia da concorrente OpenAI, dona do ChatGPT, bem como as Big Techs Google, da Alphabet e xAI, de Elon Musk.
De fato, o setor de inteligência artificial é a nova “corrida do ouro”, e praticamente todas as empresas que atuam nesse segmento direta ou indiretamente estão performando melhor.
O chatbot da Apple, por exemplo, é chamado de Apple GPT.
Bolsa de valores
Tanto a Apple quanto a Nvidia estão na bolsa de valores. Confira:
- AAPL; AAPL34: o primeiro é o ticker da ação e o segundo é o BDR;
Da concorrência, destaque para:
- Microsoft (MSFT; MSFT34): esta é investidora da OpenAI;
- Meta (META; M1TA34): esta é dona do Facebook, Instagram e mais;
- Alphabet (GOOGL; GOGL34): esta é a dona do Google.
Stellantis preocupada
O grupo automotivo Stellantis vê risco grave de escassez de chips em meio ao aumento da demanda.
Para mitigar os riscos, a montadora fechou acordos com a Infineon Technologies AG, NXP Semiconductors NV e Qualcomm Inc., além da AiMotive e a SiliconAuto para desenvolver seus próprios semicondutores.
A firma nasceu da união entre a montadora ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles e a PSA Group, após a conclusão de um acordo de fusão 50-50. A sua sede localiza-se em Amsterdã, nos Países Baixos.
EUA-China
Na guerra das IAs, os EUA já haviam implementado sanções à China, mais precisamente proibindo o fornecimento de chips ao país de Xi Jinping.
O capítulo mais recente desta novela é que a China afastou o risco de conflito militar por esta razão, mas retaliará de outras formas. O viés mais forte é o comercial.
- SAIBA MAIS SOBRE A PRODUÇÃO GLOBAL DE CHIPS E INVISTA EM ATIVOS DE PROTEÇÃO