A Petrobras (PETR4) ficou em segundo lugar no ranking mundial de distribuição de dividendos, com cerca de US$ 21,7 bilhões repassados a acionistas e o maior crescimento do ano, uma alta de US$ 12,6 bilhões em relação aos valores distribuídos em 2021.
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Apenas a mineradora britânica BHP ficou à frente da empresa brasileira, repetindo a ordem de 2021. O top 10 de 2022 é formado pelas seguintes empresas:
- 1. BHP (BHGP34)
- 2. Petrobras (PETR4)
- 3. Microsoft (MSFT34)
- 4. Exxon Mobil (EXXO34)
- 5. Apple (AAPL34)
- 6. China Construction Bank
- 7. Rio Tinto (RIOT34)
- 8. China Mobile
- 9. J.P. Morgan (JPMC34)
- 10. Johnson & Johnson (JNJB34)
O montante distribuído pelas dez maiores pagadoras chegou a US$ 155,1 bilhões, ante os US$ 149,1 bilhões pagos em 2021, de acordo com dados do estudo feito pela gestora britânica Janus Henderson, publicado pelo jornal Valor Econômico. Ao todo, as empresas pagaram US$ 1,56 trilhão em dividendos no ano passado, de acordo com dados de 3 mil companhias abertas em todo o mundo.
O cenário para 2023, contudo, é mais pessimista. De acordo com Jane Shoemake, gestora de portfólio da Janus Henderson, a postura de aperto monetário e alta de juros nas maiores economias do mundo já está desacelerando a atividade econômica e pode prejudicar o desempenho das empresas, reduzindo o g faturamento e, por extensão, a distribuição de dividendos.
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Distribuição de dividendos: como investir lá fora?
Vale lembrar que é possível investir em empresas internacionais sem sair do Brasil, por meios das BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são títulos listados na B3 (na lista acima, aparece o ticker das respectivas empresas) atrelados à propriedade de ações em bolsas estrangeiras.
Para receber dividendos, porém, é preciso verificar os contratos com cada emissor, já que nem todos preveem o repasse dos proventos aos portadores das BDRs.
É possível também investir lá fora por meio de empresas como a Avenue, que opera de forma simplificada na internacionalização de investimentos em parceria com a EQI Investimentos.
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Distribuição de dividendos: política da Petrobras em xeque
Os valores distribuídos pela Petrobras aumentaram em 2022 impulsionados pela alta do petróleo no mercado internacional, por causa da invasão da Ucrânia pela Rússia, e pela decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ampliar a distribuição de dividendos das estatais para turbinar as receitas da União, acionista majoritária da companhia.
Tal postura, no entanto, é criticada por setores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu em 1º de janeiro. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, chamou nesta terça-feira a política de dividendos de “indecente”, ao comentar o retorno da oneração da gasolina e do etanol, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Para esses agentes, a redução na distribuição de dividendos poderia possibilitar mais investimentos, além da queda no preço dos combustíveis.
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Haddad não se pronunciou sobre o tema na terça-feira, mas disse que o governo quer se informar com “mais transparência” sobre o PPI, a política de formação de preços da empresa, que segue os valores do mercado internacional.
Após o anúncio da redução dos preços da gasolina e do diesel nas distribuidoras, e a posterior fala de Haddad, as ações PETR4 abriram em baixa nesta quarta-feira. às 11h30, eram negociadas a R$ 24,90, queda de 1,35%.

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