A Petrobras (PETR4) elevou o preço do querosene de aviação (QAV) em cerca de 20%, na terceira mensal consecutiva, anunciada na última quinta-feira (31). Os ajustes feitos pela empresa são mensais, definidos de acordo com fórmulas negociadas com as distribuidoras.
As altas ocorrem diante de uma disparada dos preços do petróleo no mercado internacional nos últimos meses, com impactos nos valores de seus derivados produzidos em refinarias. Nesta sexta-feira, por exemplo, o barril tipo Brent, usado como referência para os preços dos combustíveis, registrou elevação de 1,79% nas cotações durante a manhã.
Existe o risco de um novo corte de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que controla os preços para evitar que o excesso de oferta desvalorize o produto.
Em meados de agosto, a Petrobras havia aumentado em 16,3% os preços médios da gasolina e em 25,8% os do diesel. A petroleira tem dito que vende o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos.
As distribuidoras e revendedoras são as responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento. Segundo a Petrobras (PETR4), não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores do querosene de aviação.
