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O que pode acontecer com Petrobras (PETR3; PETR4) após a eleição de Lula?

O que pode acontecer com Petrobras (PETR3; PETR4) após a eleição de Lula?

O que pode acontecer com a Petrobras (PETR3; PETR4) após a eleição de Lula? Essa é uma pergunta que tem trazido ansiedade aos investidores. Um cenário provável é a mudança da presidência da empresa, com a subida do presidente eleito em 1º de janeiro.

Segundo informações do Broadcast, um nome possível para assumir a petroleira é do senador Jean-Paul Prates (PT-RN). Caso o nome de Prates seja confirmado para dirigir a petroleira, podem surgir com ele outras mudanças internas, como a questão do reajuste dos combustíveis e da própria política energética da companhia.

A ideia, ainda de acordo com a matéria, é que a Petrobras assuma um reposicionamento de empresa integrada de energia, assim como já vêm fazendo outras petroleiras. A norueguesa Equinor, por exemplo, deixou de se chamar Statoil para se adequar ao cenário de transição energética. A mesma coisa com a britânica BP, que deixou de se chamar British Petroleum para adotar somente a sigla.

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O que pode acontecer com Petrobras (PETR3; PETR4): PPI pode ser substituído

Caso o nome de Prates seja confirmado para assumir a Petrobras, outra mudança pode ser a própria política de paridade (PPI), que balisa os preços dos combustíveis de acordo com o mercado internacional de petróleo. Atualmente, a PPI é estabelecida de acordo com a variação do barril Brent. Essa variação é repassada aos preços dos combustíveis que a Petrobras vende às distribuidoras. Estas, por sua vez, incluem, além do preço da Petrobras, os imposto estaduais – como o ICMS – e suas margens de ganhos.

No caso da gasolina, a parcela referente à Petrobras corresponde a 49% do total comercializado ao consumidor final. O ICMS corresponde a 18,2%; o custo do etanol anidro, usado na mistura, responde por 17,2% do preço. Já a parcela das distribuidoras corresponde a 15,6%.

Já no caso do diesel, a parcela Petrobras é de 65,9%; do ICMS é de 11,8%; e os impostos federais estão zerados. O biodiesel usado na mistura, corresponde a 9,2%; e a parcela das distribuidoras é de 13,1%.

O senador já defendeu a substituição da política atual por três ações para garantir o abastecimento de combustível e evitar o impacto da volatilidade internacional nos preços internos. A fórmula inclui uma parametrização ponderada que envolve o preço de referência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por produto, área de influência e de refinarias.

Dessa forma, o preço surgido deixará de ser uma imposição e deverá ser apenas referencial. Para períodos de crise, como a guerra na Ucrânia e a pandemia da covid-19, que acelerou os preços dos combustíveis, pode ser adotada uma conta de estabilização do petróleo e evitar eventuais disparadas.

Porém, o mercado não reagiu bem, no primeiro dia após a eleição, com relação a Petrobras. As ações ON (PETR3) caíram 6,85%, a R$ 33,34, e as ações PN (PETR4) registraram recuo de 8,23%, a R$ 29,89, e lideraram as perdas no Ibovespa na segunda-feira (31).

BTG (BPAC11) mantém recomendação neutra

O banco BTG Pactual (BPAC11) divulgou relatório nesta segunda-feira (31) sobre a Petrobras (PETR3; PETR4), com recomendação neutra para as ações da companhia, após análise do resultado das eleições presidenciais deste domingo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O banco reduziu o preço-alvo das ações preferenciais (PETR4), que não têm direito a voto, mas têm preferência no pagamento de dividendos. para R$ 35, em relação aos R$ 41 de relatório divulgado na semana passada. Nesta segunda-feira, as ações caíram perto de 9%, para um patamar abaixo de R$ 30.

“Um rebaixamento contínuo e mais longo dependerá das mensagens enviadas pelo novo governo e de suas ações no início de 2023″, pontuou parte do relatório.

Quem é Jean Paul Prates?

Com uma extensa carreira de consultoria voltada ao setor energético, Prates é advogado formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, (UERJ), estado aonde nasceu. No setor energético, faz parte da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final dos anos 1980.

Já em 1991 fundou a primeira consultoria nacional especializada em atender demandas do setor petrolífero e também atuou como consultor do Ministério das Minas e Energia e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência, para a elaboração de diversos instrumentos regulatórios, como portarias referentes ao mercado de gás, livre acesso à logística e combustíveis.

Foi um dos convidados pelo então presidente para ajudar a formular a chamada Lei do Petróleo, que entrou em vigor em 1998, tornando-se o redator do Contrato de Concessão oficial brasileiro, referente aos campos arrematados nos leilões de petróleo a partir daquele mesmo ano, e do Decreto dos Royalties, que destina recursos da exploração do petróleo a cidades e estados do país.

Começou a colaborar para o governo do Rio Grande do Norte em 2001, quando ajudou em uma proposta de planejamento energético criada pelo então governador Garibaldi Alves e fixou residência por lá a partir de 2005.

No início dos anos 2010, foi convidado a assumir a Secretaria de Estado de Energia potiguar, ajudando o estado a garantir cerca de R$ 10 bilhões em investimentos na área energética, durante a gestão de Wilma de Faria como governadora do estado.

Em 2014, foi eleito senador suplente de Fátima Bezerra para o mandato 2015-2023. Com a eleição de Fátima para o governo do estado, em 2018, Prates assumiu o mandato de senador efetivo, onde ficará até fevereiro do ano que vem, quando se encerra a atual legislatura.

Antes de assumir o cargo no Senado, dirigiu outras entidades do setor, como o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), com base no Rio Grande do Norte.

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