O lucro líquido da Petrobras ($PETR4) caiu quase 38% no primeiro trimestre do ano (1TRI24), ao atingir R$ 23,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, o lucro líquido havia sido de R$ 38,1 bilhões.
Quando considerado o lucro líquido recorrente, a petroleira registrou em seu balanço, R$ 23,8 bilhões ante R$ 38,4 bilhões do primeiro trimestre de 2023, tendo uma retração de 37,9%.
“Esse resultado é principalmente atribuído aos menores volumes de vendas e à redução do preço do petróleo e da margem de diesel. Além disso, o resultado foi impactado pela piora do resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela redução das despesas operacionais e imposto de renda apurado”, indicou a companhia.
Enquanto isso, a receita de vendas da petroleira atingiu R$ 117 bilhões ante R$ 139 bilhões dos três primeiros meses de 2023, tendo uma baixa de 15,4%.
De acordo com o balanço, praticamente todos os segmentos de receita caíram neste trimestre. O recuo mais expressivo foi de gás liquefeito do petróleo (GLP), que registrou uma baixa de 22,2%, passando de R$ 4,8 bilhões no 1TRI23 para R$ 3,7 bilhões um ano depois.

Leia:
Receitas de diesel caem 18,8%, diz balanço da Petrobras
As receitas líquidas de diesel encolheram R$ 18,8%, ao passar de R$ 43,1 bilhões nos três primeiros meses do ano passado para R$ 35 bilhões entre janeiro e abril deste ano.
“A redução da receita com derivados no mercado interno deveu-se principalmente a menores preços, à sazonalidade do consumo, ao aumento do teor de biodiesel na mistura do diesel e à perda de competitividade da gasolina para o etanol hidratado”, informou a companhia no balanço trimestral.
A empresa informou ainda que, no 1TRI24, houve queda nas receitas de exportações, com destaque para menor volume exportado de gasolina e menores preços realizados na exportação de petróleo.
“Essa redução é atribuída principalmente à desvalorização das cotações internacionais no momento da realização das exportações, à realização de operações de troca de qualidade da gasolina no 4T23 e às paradas de manutenção ocorridas no trimestre”, diz outro trecho do balanço.
Já o ebitda ajustado da companhia, no 1TRI24, atingiu R$ 60 bilhões ante R$ 72,4 bilhões do mesmo período de 1TRI23, tendo uma retração de 17,2%.
Sobre a redução do ebitda, a empresa divulgou que a queda foi influenciada por menores volumes de vendas de óleo e derivados e pela redução no preço do petróleo e na margem dediesel. Esses efeitos teriam seido parcialmente compensados pelas menores despesas operacionais, com destaque para o resultado com abandono de áreas ocorrido no 4TRI23.
Para a EQI Research, apesar do resultado abaixo do esperado, segue intacta a tese de fortaleza financeira com forte distribuição de dividendos ao longo do ano, suficientemente fortes para remunerar o investidor a ponto deste tolerar os constantes ruídos políticos que “assombram o papel”.
“Após vários períodos de bom desempenho, esperamos que o papel reaja mal. Petrobrás divulgou seus números com resultado operacional abaixo do consenso. De fato, desde a linha de receita líquida houve desapontamento, com os US$23,8 bi sendo 4% abaixo das estimativas. O principal fator a explicar este movimento é a perda de vendas de diesel no mercado interno (que caíram 18% tri/tri, uma redução de faturamento de US$1,5bi em termos absolutos; e 15% ano/ano), em função de preços menores e aumento de teor de biodiesel na mistura do diesel”, aponta a casa de análise.
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