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Embraer lucra R$ 289 mi no 3TRI25 e atinge recorde de receita com R$ 10,9 bi

Embraer lucra R$ 289 mi no 3TRI25 e atinge recorde de receita com R$ 10,9 bi

A Embraer (EMBJ3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões no 3º trimestre de 2025, queda de 76,4% ante os R$ 1,225 bilhão do mesmo período de 2024, quando houve efeito não recorrente do acordo de arbitragem com a Boeing (BA; BOEI34).

A receita líquida consolidada atingiu R$ 10,87 bilhões, crescimento de 15,8% em relação ao 3TRI24, o maior valor já alcançado pela companhia em um terceiro trimestre.

O EBITDA ajustado somou R$ 1,276 bilhão, queda de 35,4% em relação aos R$ 1,976 bilhão registrados um ano antes, com margem de 11,7%. Já o EBIT ajustado totalizou R$ 927,2 milhões, retração de 43,1% frente ao 3TRI24, com margem de 8,5%.

A Embraer entregou 62 aeronaves no período — sendo 20 jatos comerciais, 41 executivos e 1 de defesa (KC-390) —, volume 5% maior que o do mesmo trimestre do ano passado.

Veja os principais destaques do balanço do 3TRI25 da Embraer:

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Balanço 3TRI25 da Embraer
Reprodução balanço 3TRI25 da Embraer

Balanço 3TRI25 da Embraer: desempenho por divisão

O desempenho por divisão mostra avanços importantes, com aumento de receita em todas as áreas, ainda que algumas margens tenham sido pressionadas por custos e câmbio:

  • Aviação Comercial: Receita de R$ 3,3 bilhões (+28%), impulsionada por maior volume e melhor mix de produtos. A margem EBIT ajustada foi de 1,2%, refletindo custos mais altos de produção e tarifas de importação nos EUA.
  • Aviação Executiva: Receita de R$ 3,2 bilhões (+1%), com margem de 12,1% ante 16,3% no 3TRI24. O resultado foi impactado por despesas logísticas e variação cambial.
  • Defesa & Segurança: Receita de R$ 1,5 bilhão (+24%), com margem de 12,9%, impulsionada por entregas adicionais do KC-390 e ajustes contratuais.
  • Serviços & Suporte: Receita de R$ 2,7 bilhões (+14%), com margem de 13,6%, queda em relação ao ano anterior devido a atrasos na cadeia de suprimentos e custos de manutenção.

Operações e carteira

A carteira de pedidos firmes da Embraer alcançou US$ 31,3 bilhões, novo recorde histórico e alta de 38% em 12 meses. O avanço foi disseminado entre todas as divisões: +65% em Aviação Executiva, +40% em Serviços & Suporte, +37% em Comercial e +8% em Defesa.

O fluxo de caixa livre ajustado (ex-Eve) foi positivo em R$ 1,6 bilhão, refletindo o aumento das entregas e a melhora na gestão de capital de giro.

A empresa reafirmou suas estimativas para 2025, que projetam receita entre US$ 7,0 e 7,5 bilhões, margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3% e geração de caixa livre mínima de US$ 200 milhões.

Posição financeira

A Embraer encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 2,34 bilhões, melhora de R$ 3,6 bilhões frente ao mesmo período de 2024, e alavancagem de 0,4x EBITDA ajustado, uma das menores da história recente da companhia.

A posição de liquidez totalizou R$ 11,1 bilhões, reforçada por linha rotativa de crédito de US$ 1 bilhão.

A S&P elevou o rating corporativo da empresa de “BBB-” para “BBB”, dois níveis acima do grau de investimento, enquanto Fitch e Moody’s revisaram a perspectiva para positiva, reconhecendo a robustez operacional e a disciplina financeira.

Remuneração aos acionistas

O conselho da companhia aprovou R$ 66,9 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao 3TRI25, equivalentes a R$ 0,09 por ação, com pagamento previsto para o 2º trimestre de 2026.

Somando dividendos e JCP, a remuneração total ao acionista em 2025 chega a R$ 209,7 milhões.

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