A CSN (CSNA3) reportou um prejuízo líquido consolidado de R$ 130,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), resultado que representa uma melhora expressiva de 82,2% em relação ao prejuízo registrado no trimestre anterior.
O EBITDA Ajustado da companhia alcançou R$ 2,643 bilhões no período, com margem de 23,5%, um avanço de 1,4 ponto percentual frente ao trimestre anterior. A melhora é atribuída à sazonalidade, que impulsionou a atividade comercial, e à gestão estratégica dos negócios, que conseguiu compensar a queda nos preços do minério de ferro e a pressão da concorrência externa na siderurgia com uma política comercial assertiva e um ritmo produtivo mais eficiente.
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o EBITDA da CSN foi 11,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, evidenciando a resiliência da companhia frente a um cenário desafiador e a consolidação de uma trajetória de crescimento nos resultados operacionais.
A dívida líquida consolidada somou R$ 35,7 bilhões ao final de junho, com a alavancagem medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM em 3,24 vezes – uma queda de 9 pontos-base em relação ao trimestre anterior, mesmo após a incorporação da Tora. A empresa destacou uma redução de R$ 2,1 bilhões na dívida bruta apenas no segundo trimestre, totalizando quase R$ 5,7 bilhões em cortes desde o início do ano, resultado de uma estratégia contínua de desapalancagem.
Adicionalmente, ao se desconsiderar a dívida non-recourse da CEEE-G, a alavancagem da CSN recua ainda mais, para 3,20 vezes. A companhia também manteve sua política de alta liquidez, encerrando o trimestre com R$ 19,3 bilhões em caixa.
Como parte dos esforços para reforçar sua posição financeira, a CSN segue avançando em projetos de reciclagem de capital dentro do grupo. O principal deles, envolvendo a CSN Infraestrutura, está atualmente na fase de seleção do banco que liderará as negociações, com expectativa de definição do parceiro até o fim do ano.

CSN Mineração (CMIN3) reverte prejuízo
A CSN Mineração ($CMIN3) encerrou o segundo trimestre de 2025 (2TRI25) com lucro líquido de R$ 115,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 357,3 milhões registrado no primeiro trimestre. O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pela menor pressão cambial sobre o caixa em moeda estrangeira e pelo aumento expressivo nos volumes de vendas.
O EBITDA Ajustado no período somou R$ 1,27 bilhão, com uma margem de 37,2%. Apesar da melhora no lucro líquido, a rentabilidade foi impactada pela queda no preço do minério de ferro, refletindo incertezas sobre a demanda chinesa e as disputas comerciais entre Estados Unidos e outros países. A margem EBITDA recuou 4,6 pontos percentuais em relação ao 1TRI25 e 11,5 pontos frente ao 2TRI24. Ainda assim, a companhia destacou um desempenho operacional robusto, com recordes de produção – incluindo compra de terceiros –, ganhos de eficiência logística e rigoroso controle de custos.
A Receita Líquida Ajustada alcançou R$ 3,41 bilhões no 2TRI25, mantendo-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior. O aumento no volume de vendas compensou a retração nos preços. Na comparação anual, a receita foi 2,5% superior, mesmo com o preço do minério 13% menor, o que evidencia a melhoria na performance operacional da mineradora.
Já a receita líquida unitária ficou em US$ 51,9 por tonelada, recuo de 16,2% frente ao 1T25 e de 11,5% ante o 2T24. Essa redução foi atribuída à queda dos preços internacionais e à influência negativa do preço provisório, pressionado pelas expectativas de desaceleração na demanda chinesa e pelas tensões tarifárias globais.
No acumulado do ano, o EBITDA ajustado da CSN Mineração já soma R$ 2,7 bilhões, com uma margem de 39,5%, demonstrando a resiliência da companhia em manter sua eficiência operacional mesmo diante de um cenário externo desafiador.