O BTG (BPAC11) manteve sua recomendação neutra para a Braskem (BRKM5) após a divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, que mostraram um desempenho acima das expectativas de mercado.
O EBITDA ajustado da empresa somou US$ 432 milhões, 9% superior à estimativa do banco e ao consenso, impulsionado por melhorias operacionais e redução de despesas gerais e administrativas, refletindo as iniciativas de eficiência da companhia. Os ganhos foram observados em todas as regiões de atuação, com aumento do EBITDA de 45% no Brasil, 53% nos EUA e Europa, e 44% no México, em uma comparação trimestral.
No entanto, o BTG destacou preocupações em relação à geração de caixa da Braskem, especialmente em um cenário de ciclo fraco para o setor petroquímico. A empresa registrou uma queima de caixa significativa, totalizando US$ 340 milhões, devido principalmente a uma grande saída de capital de giro de US$ 332 milhões.
Segundo o relatório, mesmo considerando ajustes, como desembolsos para cobrir provisões em Alagoas, o consumo de caixa ainda seria de US$ 238 milhões, o equivalente a 10% da capitalização de mercado da companhia. A alavancagem líquida da Braskem encerrou o trimestre em 7,5 vezes o EBITDA, evidenciando um alto nível de endividamento que pode limitar o potencial de valorização das ações.
Braskem (BRKM5): cenário para 2025 é incerto
O banco aponta que, embora os resultados tenham sido melhores que o esperado, o cenário para 2025 ainda é incerto. A oferta global de resinas continua a exceder a demanda, e o BTG prevê ajustes negativos nas estimativas de EBITDA para o próximo ano, mesmo com o recente aumento nas tarifas de importação.
Além disso, o banco avalia que a evolução dos spreads no trimestre pode não ser suficiente para uma desalavancagem significativa, sugerindo que o desempenho atual reflete uma base de comparação fraca, ao invés de uma recuperação sustentada.
Balanço da Braskem no 3TRI24
A BRKM5 teve uma redução de 84% das perdas no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24) ao registrar um prejuízo de R$ 593 milhões, bem abaixo do déficit de R$ 3,736 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.
A receita líquida de vendas subiu 11%, alcançando R$ 21,265 bilhões, enquanto o EBITDA recorrente atingiu R$ 2,394 bilhões, registrando um crescimento expressivo de 44%.
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