A Bradespar (BRAP4) divulgou nesta segunda-feira os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25), com lucro líquido de R$ 450 milhões, queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou R$ 535,5 milhões.
O desempenho foi impactado principalmente pelo menor resultado de equivalência patrimonial da Vale (VALE3), sua principal investida, que enfrentou pressão dos preços das commodities no período.
A receita operacional da holding de investimentos atingiu R$ 434,781 milhões no trimestre, recuo de 17,2% na comparação anual. No acumulado dos primeiros seis meses do ano, a receita operacional totalizou R$ 749,4 milhões, redução de 13,3% ante o mesmo período de 2024. Como companhia de investimentos, a Bradespar tem sua receita operacional originada principalmente do resultado de equivalência patrimonial e juros sobre o capital próprio da Vale.
O resultado financeiro da companhia apresentou desempenho positivo, alcançando R$ 30,1 milhões no trimestre, alta de 53,3% em relação ao 2TRI24. O resultado reflete a continuidade da posição líquida de caixa da companhia, que mantém aplicações financeiras e recebe remuneração sobre impostos a recuperar.
Distribuição de dividendos totaliza R$ 430 milhões
Entre os principais destaques do período está o pagamento de dividendos complementares e juros sobre capital próprio que totalizaram R$ 430 milhões em maio de 2025. Os dividendos complementares somaram R$ 350 milhões, pagos pelo valor de R$ 0,836105858 por ação ordinária e R$ 0,919716444 por ação preferencial, sem retenção de Imposto de Renda na Fonte.
Adicionalmente, os juros sobre capital próprio declarados em dezembro de 2024 foram pagos no valor de R$ 80 milhões, sendo R$ 0,191109910 por ação ordinária e R$ 0,210220901 por ação preferencial.
Vale reporta EBITDA de US$ 3,4 bilhões no trimestre
A administração da Bradespar destacou o desempenho da Vale no período, que reportou EBITDA proforma de US$ 3,4 bilhões no segundo trimestre.
“Destaca-se o forte desempenho dos segmentos de cobre e níquel, aliado ao menor custo caixa C1 de minério de ferro (US$ 22,2/t, excluindo compra de terceiros), que foram compensados parcialmente pelos menores preços das commodities”, informou a companhia.
A empresa também celebrou conquistas estratégicas da Vale, destacando que a mineradora obteve licença prévia para o projeto de cobre Bacaba, localizado em Canaã dos Carajás, no Pará.
“O projeto tem como objetivo estender a vida útil do Complexo Minerador de Sossego, contribuindo com uma produção média anual de aproximadamente 50 mil de toneladas por ano ao longo de 8 anos de operação”, explicou a administração.
Por fim, a Bradespar comunicou uma importante distribuição futura da Vale aos acionistas.
“Em 31 de julho do ano corrente, a Vale anunciou o pagamento de US$ 1,45 bilhão em juros sobre o capital próprio aos seus acionistas, correspondente ao valor total bruto de R$ 1,895387417 por ação, cujo pagamento ocorrerá em 03 setembro de 2025”, declarou a empresa.
Leia também:
A Bradespar registrou lucro líquido de R$ 450 milhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 16% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de R$ 535,5 milhões.
O principal fator foi o menor desempenho de equivalência patrimonial da Vale, sua investida principal, afetada pela queda nos preços das commodities.
No 2TRI25, a receita operacional foi de R$ 434,781 milhões, recuo de 17,2% em relação ao 2TRI24. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a receita totalizou R$ 749,4 milhões, redução de 13,3% frente ao mesmo período de 2024.
Em maio de 2025, foram pagos R$ 430 milhões, sendo R$ 350 milhões em dividendos complementares e R$ 80 milhões referentes a juros sobre capital próprio declarados em dezembro de 2024.
A Vale reportou EBITDA de US$ 3,4 bilhões no trimestre, com forte desempenho nos segmentos de cobre e níquel. Destacou-se a licença prévia para o projeto de cobre Bacaba, que deve produzir cerca de 50 mil toneladas por ano ao longo de 8 anos. Além disso, a mineradora anunciou o pagamento de US$ 1,45 bilhão em juros sobre capital próprio aos acionistas, com pagamento previsto para 3 de setembro de 2025.