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BNDES pode oferecer empréstimo à Americanas (AMER3)

BNDES pode oferecer empréstimo à Americanas (AMER3)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é um banco público e de fomento, poderá oferecer empréstimo à Americanas (AMER3).

A afirmação é do próprio presidente da instituição financeira, Aloizio Mercadante, para quem a crise na varejista aponta para uma retração de crédito, que apareceu no balanço dos bancos, e para a necessidade de se fazer parcerias com outros bancos públicos e privados.

Ele disse, ainda, que o BNDES também pretende discutir esta linha com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “Para isso precisamos de mais instrumentos”, disse.

Esta não seria a primeira vez que um ente público “salva” uma companhia privada de quebrar na história dos mercados de capitais. Entretanto, em se tratando de Brasil, não se trata de um movimento comum.

A Americanas, por sua vez, pode encontrar no BNDES o parceiro ideal para colocar a casa em dia e as contas em ordem. Se essa iniciativa avançar, a varejista poderá, inclusive, antecipar pagamentos aos principais credores que são, atualmente, alguns grandes bancos do país.

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Vale lembrar que a rede de lojas obteve autorização da Justiça para captar um financiamento extraconcursal na modalidade DIP (devedor em posse) de até R$ 2 bilhões. A operação será dividida em duas tranches e os acionistas de referência — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — vão integralizar emergencialmente até a totalidade.

O primeiro executivo citado, inclusive, é o homem mais rico do Brasil e os três são sócios na famosa gestora 3G Capital.

Imagem mostra uma calculadora e uma caneta sobre uma agenda.

Americanas (AMER3): proposta a bancos

A Americanas confirmou ontem que pretende apresentar proposta de pagamento aos principais credores, que são bancos, na próxima quinta-feira (16).

A companhia, em recuperação judicial, deve mais de R$ 47 bilhões a instituições financeiras, parceiros comerciais e demais agentes envolvidos na operação da companhia, como prestadores de serviço, por exemplo.

A varejista tem sido assessorada, nesta fase de negociações, pelo banco de investimentos Rothschild, na pessoa do sócio Luiz Muniz, bem como por Roberto Thompson, sócio da 3G Capital, empresa de investimentos de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

O encontro, se produtivo, pode aplacar a fúria dos bancos que nas últimas semanas têm emitido nota ao mercado declarando que o caso de “inconsistência contábil” está mais para uma “fraude contábil”.

O caso

No dia 11 de fevereiro de 2023 o ex-CEO Sergio Rial trouxe a público a informação de que havia encontrado inconsistências contábeis no balanço da companhia. Na sequência, sele deixou a empresa apenas dez dias após ter assumido o cargo.