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Americanas (AMER3): CPI vai chamar ex-presidente Miguel Gutierrez

Americanas (AMER3): CPI vai chamar ex-presidente Miguel Gutierrez

A Americanas (AMER3) é uma varejista brasileira envolvida em suposta fraude contábil, cujas dívidas ultrapassam os R$ 40 bilhões e o caso ganhou repercussão internacional.

Recentemente foi aprovado no Congresso Nacional o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) contra a empresa e a notícia mais recente dá conta de que os parlamentares querem ouvir o ex-presidente Miguel Gutierrez.

Ele esteve à frente da empresa por 20 anos e assim que deixou o cargo passou a morar na Espanha. Além do executivo, a CPI vai convidar, também, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) João Pedro Nascimento.

O colegiado também aprovou convites para Fernando Alves Filho e Carlos Munhoz, sócios das empresas PwC Brasil e KPMG, respectivamente. As empresas trabalharam nos relatórios da Americanas entre 2014 e 2022, enquanto se formava o rombo que a levou à recuperação judicial no início deste ano.

Gráfico mostra a ação AMER3 na Bolsa.

Americanas (AMER3): Miguel Gutierrez

Em relação a Gutierrez, ele foi convidado a prestar esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis da varejista e sobre a transferência de imóveis de seu nome para empresas em nome de seus pais e de sua própria pessoa durante o processo de mudança no comando da companhia.

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Já Nascimento será convidado a esclarecer sobre possível uso de informação privilegiada, irregularidades relacionadas às inconsistências contábeis e à atuação das agências de classificação de risco de crédito nas emissões da Americanas.

Entenda o caso

No dia 8 de janeiro de 2023 o CEO Sérgio Rial, empossado dez dias antes, trouxe a público a informação acerca de inconsistências contábeis no balanço da Americanas, da ordem de R$ 20 bilhões. Na sequência, ele deixou a empresa.

Em menos de duas semanas a companhia já havia entrado com pedido de recuperação judicial tanto no Brasil quanto nos EUA, aceito em ambos os países.

Depois, o administrador judicial conformou que a empresa possuía dívidas superiores a R$ 40 bilhões, boa parte com bancos e instituições de investimentos.

Do lado dos funcionários, sindicatos se mobilizaram para cativar a empresa a manter empregos, ao menos os possíveis, e assegurar o pagamento dos trabalhadores demitidos.

Acionistas de referência

Vale lembrar que os acionistas de referência da Americanas são Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. O primeiro é o homem mais rico do Brasil.

A varejista negocia, neste momento, a venda de ativos para fazer caixa e assim assegurar a continuidade das operações.

Bolsa

A ação AMER3 encerrou o dia 30 de maio de 2023 cotada em R$ 1,09.