Previdência privada, PGBL, VGBL: o importante é saber como usar melhor essa sopa de letrinhas e, o melhor de tudo, como pagar menos IR ao investir. E é isso o que o empresário e investidor Luiz Razia, em companhia de Brenda Peixoto, assessora de investimentos da EQI, explicaram em mais um vídeo no YouTube.
A dupla deu uma verdadeira aula sobre a importância de desmistificar o medo que as pessoas têm de investir em previdência privada e, principalmente, sobre como aproveitar o investimento para pagar menos imposto de renda.
“Previdência privada todo mundo acha que é muito ruim, e a gente vai quebrar um pouquinho esse paradigma”, garantiu Brenda, que há cinco anos ajuda os investidores da EQI.
De acordo com a especialista, o problema está em como as pessoas veem a previdência. “Muitos entendem como algo que só precisa olhar na aposentadoria. É ruim quando as pessoas escolhem o plano errado ou algo genérico, que não cabe pra todo mundo”.
Previdência social: IR obrigatório
O primeiro ponto abordado e que precisa ser entendido é que previdência social é diferente de previdência privada. E como é isso?
“Previdência social é a contribuição que todo brasileiro que tem carteira assinada é obrigado a fazer. Vem ali o INSS em torno de 8%. Valor descontado em folha para que, no futuro, o governo pague essa pessoa quando estiver aposentada”, explicou Brenda.
De acordo com a assessora da EQI, o problema é ficar dependente apenas da “ajuda” futura do governo, principalmente após a última reforma da previdência.
“A idade vai mudando, o valor vai mudando. Salário alto não é o que será pago quando se aposentar. Não é legal deixar isso na mão deles”, alertou.
“Primeira coisa é perguntar com que idade quero me aposentar e, depois, com quanto quero me aposentar. Hoje o teto para a CLT não chega a 4 mil, e a gente sabe que, quanto mais idoso, mais as contas aumentam”, completou.
Previdência privada: Nunca é tarde para começar
Segundo a assessora, um caminho, mesmo que o profissional seja CLT, é optar por uma previdência privada, pois isso vai ajudar a colher frutos no futuro.
“É muito melhor que planeje isso antes, e nunca é tarde para começar. O importante é começar. Coloca o plano no papel. Previdência privada é um veículo muito interessante de benefício fiscal”, comentou.
“A pessoa que é CLT e tem ganho acima de 90 mil, começa a fazer sentido olhar também para previdência privada, pois começa a diminuir o imposto dela no ano”, emendou Brenda.
PGBL x VGBL
Lembra que citamos a “sopa de letrinhas”? Então… Segundo a assessora da EQI, é importante saber as diferenças entre VGBL e PGBL antes de aportar o suado dinheirinho.
Se o profissional é autônomo, ou seja, não tem carteira assinada, mas quer começar a planejar o futuro, o VGBL é o caminho mais indicado.
“O plano para quem quer começar é legal um VGBL Progressivo. Tem que ter um ganho tributado de R$ 22 mil ao ano para começar a pagar imposto. Só quando o rendimento chegar a 20 mil eu começo a ser tributado, em alíquota de 7,5%, que é baixa em comparação aos normais”, opinou.
No caso de quem é CLT, mas não quer depender do governo, ou esperar ter 90 anos para se aposentar, a indicação é outra. “Começa a fazer sentido depois de 90, 100 mil reais anuais. Quando faz declaração, vai pagar 27,5%. Se fizer contribuição em previdência privada, pode contribuir com até 12%, ou seja R$ 12 mil por ano. A tributação, ao invés de ser 27,5% sobre 100 mil, vai pagar 27,5 sobre 88 mil. Isso vai dar 3 mil e pouco ou 4 mil a menos para o governo. Parece pouco, mas quando começa a passar o tempo e investir esses valor a juros compostos, vira uma bola de neve interessante para o seu patrimônio”.
Como fazer o aporte na previdência privada?
A última dica de Razia e de Brenda foi sobre os modos que a pessoa pode optar para não procrastinar e, enfim, guardar um pouco de dinheiro na previdência privada.
“A pessoa pode fazer aporte anual, pagar todo mês com debito em conta, que é a melhor forma de ficar regrada”, ensinou.
Segundo Brenda, no entanto, é importante ficar atento e não “esquecer” o dinheiro na previdência.
“Tem que ser tratado como investimento normal na carteira e trocado se tiver fundos melhores no mercado”.
De acordo com a especialista, é possível mexer na aplicação sem ter que pagar o imposto, desde que o resgate não seja efetuado. A lição mais importante, no entanto, ficou para o final.
“A gente não fica rico com investimento, e sim trabalhando e poupando”, concluiu.
Assista à aula, ou melhor, ao vídeo completo, clicando aqui.