O HSBC anunciou nesta terça-feira (30) a saída surpresa do CEO do grupo, Noel Quinn, após quase cinco anos no comando da instituição. Em comunicado, o executivo mencionou que, depois de “cinco anos intensos, agora é o momento certo para conseguir um melhor equilíbrio entre a minha vida pessoal e profissional“.
Nomeado pela primeira vez como CEO interino em agosto de 2019, Quinn assumiu a liderança permanente do HSBC em março de 2020. Ele liderou o banco britânico durante a pandemia de Covid-19, e teve de lidar com a deterioração das relações entre a China e o Ocidente posteriormente.
O presidente do conselho, Mark Tucker, prestou homenagem à liderança de Quinn. “Ele impulsionou nossa estratégia de transformação e criou um negócio mais simples e focado que proporciona retornos mais elevados.“

Leia o pronunciamento completo de Noel Quinn:
“Foi um privilégio liderar o HSBC. Nunca imaginei, quando comecei, há 37 anos, que teria a honra de me tornar CEO deste grande banco. Tenho orgulho do que conquistamos e isso só foi possível graças ao talento, à dedicação e ao comprometimento das pessoas do HSBC. Quero agradecer-lhes de todo o coração e desejar-lhes sucesso contínuo na próxima etapa da jornada. Depois de cinco anos intensos, agora é o momento certo para conseguir um melhor equilíbrio entre a minha vida pessoal e profissional. Pretendo seguir uma carreira de portfólio daqui para frente.”
O HSBC disse que iniciou a busca por seu próximo CEO, e que Quinn permanecerá em seu cargo durante esse processo.
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HSBC: queda de lucro e receita no 1TRI24
O HSBC registrou lucro líquido de US$ 10,18 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1TRI24), abaixo do ganho de US$ 10,33 bilhões do mesmo período de 2023. O balanço do banco britânico foi divulgado nesta terça-feira (30).
O resultado superou a projeção de analistas do mercado financeiro, que previam lucro de US$ 9,73 bilhões entre janeiro e março, segundo a Visible Alpha.
Ainda assim, o lucro líquido trimestral foi melhor em relação ao prejuízo líquido no último trimestre de 2023. Na época, o HSBC reduziu o valor da sua participação no grande credor chinês, Bank of Communications, em US$ 3 bilhões.