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O que são proventos: descubra as fontes e como ganhar com eles

O que são proventos: descubra as fontes e como ganhar com eles

Investir em ações é mais do que apenas compra e venda. Saiba o que são proventos para investidores e como ganhar com eles.

O mercado de investimentos é recheado de termos diferentes e que, em alguns casos, podem acabar confundindo os investidores, principalmente os iniciantes.

Um deles é o termo “proventos”, muito utilizado no mercado de ações, contudo, você sabe o que são proventos para investidores?

Talvez você conheça esse termo do seu contracheque, se você é um trabalhador da iniciativa privada ou um funcionário público.

Contudo, os proventos pagos aos investidores têm nomes diferentes, como dividendos, juros sobre capital próprio, direitos de subscrição, bonificações, dentre outros.

Saiba mais sobre cada um deles a seguir.

O que são proventos?

No mundo dos investimentos, os proventos podem ser definidos como uma espécie de benefício pago pelas empresas aos seus acionistas de tempos em tempos.

Mas esses benefícios não são concedidos por mera liberalidade da empresa ou porque elas gostam de agradar os seus investidores.

A legislação brasileira prevê regras para a distribuição de alguns desses proventos, tais como os dividendos, que devem ser distribuídos, no mínimo, uma vez ao ano.

Contudo, para além da responsabilidade legal das companhias, elas sabem que acionistas mais satisfeitos com os retornos de seus investimentos irão investir mais em seus negócios.

Ou seja, trata-se de algo que gera benefícios para ambas as partes.

Quais são os principais proventos para investidores?

Agora que você já sabe o que são proventos para investidores, chega a hora de falarmos um pouco mais sobre os principais deles.

Entre os destaques dos proventos estão:

  • Dividendos;
  • Juros sobre o Capital Próprio;
  • Direitos de subscrição; e
  • Bonificações.

Se você ainda não os conhece ou tem alguma dúvida sobre algum deles, continue a leitura e absorva essa importante informação.

Dividendos

Os dividendos, talvez, sejam os proventos mais conhecidos entre os investidores em geral.

Por lei, as empresas de capital aberto (também conhecidas como Sociedades Anônimas ou SA’s) devem separar uma parcela de seu lucro para dividir entre seus acionistas.

Quem determina a frequência e o percentual de distribuição a título de dividendos é a Lei n. 6.404/1976, mais conhecida como “Lei das SA’s”.

O artigo 202 dessa lei traz em seu caput: “os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto”.

Caso o estatuto da empresa seja omisso quanto a distribuição de dividendos, essa mesma lei aponta, no artigo 202, algumas regras para que seja feita essa distribuição.

Contudo, é importante conhecer o que dispõe o parágrafo terceiro desse mesmo artigo 202:

“Quando o estatuto for omisso e a assembleia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo”.

Ou seja, anualmente, as empresas devem dividir seus dividendos entre os acionistas, contudo, essa parcela não poderá ser inferior a 25% do lucro líquido apurado por ela.

Para se chegar ao lucro líquido, a empresa deduz os impostos devidos e outros custos que teve ao longo do período do valor apurado como lucro bruto.

Do valor restante, que é o lucro líquido, pelo menos 25% devem ser distribuídos entre os acionistas, sendo esse valor dividido pelo número de ações que essa empresa disponibiliza.

Assim, cada acionista irá receber seus dividendos com base no número de ações que possui.

É importante destacar que, apesar de a lei dizer que essa distribuição deve ser feita anualmente, isso não impede que as empresas distribuam dividendos mais de uma vez por ano.

Há empresas, por exemplo, que costumam fazer isso de duas a três vezes por ano, o que é muito bom para quem investe nelas.

Juros sobre o Capital Próprio (JSP)

Depois dos dividendos, os juros sobre o capital próprio são os proventos mais conhecidos pelas pessoas que investem em ações.

A principal diferença, portanto, é que a distribuição dos JSP (sigla pelo qual esse provento é conhecido) tem por base o lucro da empresa em anos anteriores e não no ano atual.

Além disso, nessa modalidade de provento, a empresa pode acabar pagando menos impostos, uma vez que a responsabilidade de recolher o Imposto de Renda fica a cargo dos próprios acionistas.

Contabilmente, os juros sobre o capital próprio entram como despesa para a empresa que os paga, por isso, elas podem deduzir esse valor do lucro que apuraram no período.

Assim, como o lucro dessa empresa “diminuiu”, isso significa que ela irá pagar menos Imposto de Renda naquele ano.

Vale lembrar que o investidor que recebe os juros sobre capital próprio deve recolher o Imposto de Renda sobre o valor recebido. Nesse caso, a alíquota é de 15%.

Talvez você tenha pensado que os juros sobre capital próprio não sejam tão vantajosos quanto os dividendos em função da incidência do Imposto de Renda.

Mas saiba que, apesar disso, eles são ótimos proventos, pois, como representam uma redução nos impostos que a empresa paga, eles são mais frequentes e, comumente, maiores que os dividendos.

Direitos de subscrição

Em regra, as empresas crescem com o passar dos anos e, portanto, aumentam o seu valor de mercado.

Quando isso acontece, elas podem emitir novas ações, que permitirão a entrada de novos acionistas vindos do mercado.

No entanto, se você já investe nessa empresa há anos, não seria justo que você pudesse ter uma prioridade na compra dessas novas ações e, assim, aumentar a sua participação acionária?

É justamente isso que significam os direitos de subscrição.

A grande vantagem dos direitos de subscrição é que as ações disponibilizadas dessa forma costumam ter um valor mais baixo de mercado.

Assim, quem possuía um determinado percentual de uma empresa que cresceu pode manter esse percentual pagando um valor menor do que se comprasse as ações no mercado.

Vale lembrar que há um prazo para que o acionista decida se deseja ou não exercer o seu direito a compra dessas ações.

Findo esse prazo, caso você queira adquirir ações, ficará sujeito a sua disponibilidade e ao seu preço de mercado.

Bonificações

As companhias de capital aberto precisam manter seus acionistas satisfeitos se quiserem mantê-los e ver o valor de suas ações subir cada vez mais.

Por isso, a maioria delas oferece benefícios para esses acionistas, que são conhecidos como bonificações.

Essa espécie de “recompensa” é concedida pela empresa, geralmente em períodos em que ela tem um desempenho financeiro acima do esperado.

O bônus de incorporação de reservas e lucro da empresa pode ser entregue ao acionista de duas formas: em dinheiro ou como novas ações.

Na prática, é como se você ganhasse novas ações, sem que para isso precise gastar o seu dinheiro comprando-as.

Trata-se de uma forma de participação extra nos lucros da companhia, que ocorrem independentemente da distribuição de dividendos ou de juros sobre o capital próprio.

O que fazer com os proventos recebidos?

Como você viu até aqui, saber o que são proventos para investidores é muito importante, pois, a partir desse conhecimento, você pode se programar para recebê-los.

Há pessoas que vivem da renda que esses proventos podem proporcionar.

Inclusive, há pessoas que adquirem ações com foco em dividendos e outros proventos. Para isso, se planejam de acordo com o calendário de pagamento de cada empresa.

No entanto, se você ainda está em fase de construção de patrimônio, o ideal é utilizar o dinheiro dos proventos para adquirir novas ações ou reinvesti-lo em outras aplicações que gerem renda.

Aqui em nosso site existem diversos artigos sobre diversificação de carteiras e sobre o mercado de ações. Nós recomendamos a leitura dos seguintes artigos:

Além disso, em nosso canal no YouTube você encontra uma série de dicas de como diversificar os seus investimentos e aumentar a sua rentabilidade no longo prazo. Confira:

Como começar a investir em ações

Todo mundo pode (e deve) investir na Bolsa de Valores.

Se você acha que essa modalidade de investimentos é acessível apenas aos grandes investidores, saiba que isso não é verdade.

Qualquer pessoa com um perfil de investidor mais arrojado, ou seja, quem possui uma maior tolerância ao risco.

Há, no entanto, investidores que são mais conservadores e esses precisam ter mais cautela ao ingressar no mercado de ações.

Para saber qual é o seu perfil de investidor você pode realizar um teste de perfil de investidor aqui no site da EuQueroInvestir!

Quem investe em ações se torna sócio das maiores empresas do Brasil, tudo isso sem precisar se preocupar com as burocracias de se administrar uma grande companhia.

Assim, se a empresa escolhida crescer, você ganhará com isso, uma vez que o valor de suas ações irá subir.

Se você quer saber mais sobre como investir em ações, recomendamos que você separe alguns minutos e assista o vídeo a seguir.

Nele, Juliano Custódio explica, com uma série de detalhes, tudo o que você precisa saber antes de entrar no mercado de ações:

Considerações finais

Investir em ações nunca fez tanto sentido quanto nos tempos atuais.

Com a queda da taxa básica de juros (Selic), o rendimento da maioria das aplicações de renda fixa é afetado e isso faz com que as pessoas tenham que optar por investimentos mais rentáveis.

As ações, como explorado ao longo deste artigo, são uma excelente opção para aqueles investidores que desejam aumentar o seu patrimônio e lucrar com isso.

Agora que você sabe o que são proventos para investidores, aproveite esse conhecimento e aplique-o sem seus investimentos.

Caso tenha alguma dúvida, a equipe da EQI Investimentos está a sua disposição. Conheça o nosso serviço gratuito de assessoria de investimentos e otimize a sua carteira de investimentos.

Você também pode aumentar o seu conhecimento sobre investimentos fazendo o nosso curso gratuito chamado “Jornada do Investidor”.

Nele, você aprende tudo sobre investimentos e como se tornar financeiramente independente.

Até a próxima!