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Natura (NTCO3) tem prejuízo dez vezes maior no 1TRI20

Natura (NTCO3) tem prejuízo dez vezes maior no 1TRI20

A Natura (NTCO3) registrou um prejuízo de R$ 820,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma elevação de 901% em relação ao prejuízo do mesmo período de 2019.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) somou R$ 145,3 milhões, uma redução de 75,5%.

A margem Ebtida atingiu 1,9%, baixa de 6,1 pontos percentuais.

O custo com mercadoria vendida (CMV) somou R$ 2,878 bilhões, uma elevação de 7,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O resultado financeiro foi uma despesa R$ 227,6 milhões, mantendo-se estáveis em relação as perdas do primeiro trimestre de 2019.

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Receita cresce mesmo com a Covid-19

A receita líquida da Natura totalizou R$ 7,518 bilhões no período, o que representa um aumento de 1,9% na comparação com mesmo período de 2019.

Segundo a companhia, o aumento da receita foi puxado pelo crescimento na Natura &co América Latina e Aesop, assim como um aumento das vendas digitais em todas as marcas. O e-commerce do Grupo acelerou exponencialmente desde a metade de março.

O lucro bruto somou R$ 4,745,2 milhões no primeiro trimestre de 2020, uma redução de 1,1% em relação ao mesmo período de 2019. Já a margem bruta alcançou 61,3%, retração de 0,5 p.p.

Dívida aumenta 20%

A dívida líquida da Nautra encerrou março em R$ 12,368 bilhões, um aumento de 20,7%.

A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida / Ebtida, ficou em 4,91 vez no primeiro trimestre de 2020.

Coronavírus acelera vendas virtuais

As vendas totais de e-commerce do Grupo Natura subiram aproximadamente 250% nas semanas recentes, em comparação com mesmo período do ano anterior.

Na The Body Shop o crescimento foi de 300% e na Aesop, mais de 500%. Na Natura e Avon combinadas,o e-commerce cresceu 150%, impulsionado pelo crescimento dos compartilhamentos feitos por consultoras e revendedoras sobre suas lojas virtuais.

Já na Avon International, a adoção de ativos digitais pelas revendedoras saltou de um dígito em 2019 para mais de 37% nas semanas recentes.

Vendas por revendedoras compartilhando revistas digitais cresceram 85% na Avon globalmente nas semanas recentes, e no Reino Unido subiram cinco vezes ante o ano passado.

Na Natura, mais de 90% das consultoras já utilizam ativos digitais. O compartilhamento de conteúdo subiu em 64% e o número de pedidos duplicou nas mais de 700 mil lojas virtuais de consultoras.

Aumento de capital

O Conselho de Administração da Natura &Co aprovou nesta quinta-feira (7), um aumento do capital social de, no mínimo, R$ 1 bilhão e, no máximo, R$ 2 bilhões, mediante emissão de ações ordinárias.

Serão emitidas, no mínimo, 31,25 milhões de ações e, no máximo, 62,5 milhões de ações.

O preço de emissão será de R$ 32,00 por ação.

Os acionistas terão direito de preferência para subscrever ações na proporção de 0,052592621300 nova ação ordinária para cada 1 ação de que forem titulares no fechamento do pregão da B3 do dia 12 de maio de 2020.

A partir do dia 13 de maio, as ações de emissão da Natura &Co serão negociadas ex-direitos de subscrição.

Para a assegurar a subscrição de no mínimo R$  bilhão, os acionistas do grupo de controle da Natura &Co se comprometeram perante a Natura &Co a participar do aumento de Capital com investimento total de, no mínimo, R$ 508.095.712,00, via subscrição e integralização de ações decorrentes do exercício de parte de seus direitos de subscrição.

Os R$ 491.904.288,00 restantes ficaram a cargo de certos investidores financeiros que assumiram o compromisso firme de subscrição e integralização de ações, sujeito aos termos e condições dos contratos de subscrição celebrados com esses Investidores.

Segundo a Natura, os recursos oriundos do aumento de capital serão destinados ao fortalecimento da estrutura de capital, à melhora de sua posição de caixa, à redução da alavancagem financeira consolidada e para fins corporativos gerais da companhia.