As criptomoedas, assim como as moedas físicas, sofrem variações quanto ao seu valor. Porém, observa-se que elas estão apresentando uma oscilações em seu valor muito superior às moedas fiduciárias.
Pegando como o exemplo o Bitcoin, no momento em que esse artigo é escrito, de acordo com o site Mercado Bitcoin, o último preço em que ela está cotada é de R$ 35.547,92.
Porém, em 30 de dezembro de 2019, a moeda chegou ao valor de 29.379,37, ou seja, uma diferença de cerca de 20%.
De acordo com Fares Alkudmani, em artigo publicado no Portal do Bitcoin, essas variações ocorrem por uma série de fatores, alguns dos quais discutiremos abaixo.
Ocorrência de variações na oferta e demanda
Nesse aspecto, o valor das criptomoedas seguem a lei da oferta e da demanda.
Ou seja, quanto maior a oferta, menor o preço, quanto maior a demanda, ela tende a se valorizar e, consequentemente, ficar mais cara.
Nesse contexto, conforma traz Alkudmani, percebemos que a ampliação na aceitação do Bitcoin por governos e empresas, que têm buscado novas tecnologias para tornar possível o uso mais seguro das moedas, e ampliação no número de entes que aceitam seu recebimento tem feito surgir uma maior procura por criptomoedas.
Elas possuem ofertas limitadas e com sua crescente popularização cada vez mais pessoas estão buscando adquiri-las.
Esse é um dos fatores que ajudam na oscilação de preços, especialmente na valorização das criptomoedas.
Devido a contagem de nodes
De maneira simplificada, Alkudmani traz que um node é um local onde se pode produzir, receber ou enviar uma determinada mensagem.
Ainda inclui que, quando se fala em “contagem de nodes”, se refere à quantidade de carteiras que estão ativas em uma dada rede e que possam ser identificadas ao serem pesquisada pela internet.
Dessa forma, a quantidade de nodes existentes em uma determinada comunidade é um indicativo de quão robusta é uma moeda.
Existência de moedas inflacionadas
Quando uma moeda perde seu valor, as criptomoedas tendem a apresentar o efeito contrário.
Em grande parte das situações, a inflação tende a reduzir o valor de criptomoedas, porém existem casos em que isso não ocorre, como quando o governo imprime mais cédulas.
Alkudmani ainda reforça a ideia ao afirmar que, quando existe oferta sem limites de moedas, a demanda de criptomoedas, o buy-in e os juros acabam tomando características de oferta limitada tem aumento de maneira exponencial, tendo como consequência o aumento de preços.
Quando a criptomoeda passa a ter maior aceitação
Como o número de moedas digitais é restringido, quando existe uma maior demanda, ela acaba por ficar escassa, o que a torna valorizada no mercado.
Nesse caso, ocorre atendimento à lei da oferta e da demanda.
Forma como a criptomoeda é regulamentada
Em situações em que existe um amplo uso de criptomoedas é mais possível que governos adotem medidas para melhor controlá-las.
Ou seja, há uma maior tendência a uma regulamentação, e , dessa maneira, uma maior centralização, reverberando no preço da moeda.
Custos envolvidos na produção da criptomoeda
Assim como produtos e serviços, a produção de criptomoedas demanda custos, e isso pode torná-la mais cara.
Pegando como exemplo o Bitcoin, observamos que ela possui um custo de produção bastante alto.
Um dos insumos mais consumidos durante o processo é a energia elétrica, porém para que se tenha um melhor desempenho na mineração, é necessário adquirir alguns equipamentos como hardwares específicos, GPU’s e outros servidores.
Alkudmani inclui que, pode ser fundamental que exista um sistema de ventilação no local para garantir a integridade dos equipamentos.
As criptomoedas estão tendo cada vez mais aceitação em diferentes mercados, porém, assim como as moedas fiduciárias, seu valor pode ser influenciado por diferentes situações.
Aspectos como custos de produção, forma como é regulamentada, aceitação nos mercados, contagem de nodes e variação na oferta e demanda, influenciam sobremaneira no valor alcançado pelas criptomoedas.
Por conta disso, estar atento à essas variações é uma maneira de aproveitar oportunidades e prevenir prejuízos, dada a sua volatilidade.