A Intenção de Consumo das Famílias teve sua menor leitura histórica em julho, ficando em 66,1 pontos.
A pesquisa foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) desde janeiro de 2010 – quando registrou 66,1 pontos.
Em julho, o indicador teve queda de 4% em relação ao mês anterior. E este foi o quarto recuo mensal consecutivo.
No comparativo anual, o indicador também registrou o quarto recuo seguido. No acumulado do ano, o registro é de -26,4%.
O índice permaneceu abaixo do nível de satisfação, que é de 100 pontos – onde e encontra desde abril de 2015, quando teve leitura de 102,9 pontos.
Todos os componentes que compõem o índice ficaram abaixo dos 100 pontos.
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Reprodução/CNC
Pandemia explica queda na intenção de consumo
Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os consumidores ainda sentem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, que exigiu medidas de contenção como isolamento social e fechamento de estabelecimentos.
“Em um momento de contenção da renda, aumenta-se o risco de inadimplência das famílias. Esse efeito restringiu o mercado financeiro”, disse.
Intenção de consumo por faixa de renda
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com renda acima de 10 salários mínimos
revelaram nível de insatisfação de 75,7 pontos, com queda mensal de -2,6% e anual de
-25,1%.
Para as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, o indicador atingiu
64,2 pontos e representa insatisfação também dessa parcela dos consumidores, já que
o índice se encontra abaixo dos 100 pontos.
Centro-Oeste tem maior queda
Pelo critério regional, o Centro-Oeste foi a região que teve a maior queda mensal (-12,9%) na intenção de consumo, registrando 61,5 pontos. E também foi a região com leitura mais negativa na comparação anual (-34,1%).
As famílias do Sul se mostraram mais confiantes (78 pontos), mesmo ainda em nível insatisfatório.
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