A retração no faturamento das empresas exportadoras brasileiras desacelerou nos meses de abril e maio, na comparação com fevereiro e março, segundo a Agência Brasil.
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em abril e maio, houve uma retração de 57% no faturamento, ante 80% do bimestre imediatamente anterior.
Conforme a CNI, em abril e maio, o impacto no comércio exterior foi maior nas importadoras e nas companhias que investem em países estrangeiros – com mais de 70% de queda no faturamento.
Ainda segundo a pesquisa, para 42% das empresas afetadas as vendas externas caíram para menos da metade de antes da pandemia.
Enquanto isso, entre as importadoras, 26% relataram que estão comprando menos de 50%.
Exportadoras expectativas
Adicionalmente, a pesquisa também avaliou as expectativas das exportadoras para os próximos 60 dias.
Neste caso, os números apontam continuidade no processo de recuperação, com 36% das exportadoras acreditando que serão afetadas negativamente.
De acordo com a CNI, embora o comércio exterior tenha sido impactado, terá papel fundamental na retomada do crescimento econômico e na geração de emprego e renda.
Assim, a crise pode servir de oportunidade para a empresa brasileira reavaliar a estratégia e aumentar a internacionalização ao sair da pandemia.
Preocupações
As principais preocupações das exportadoras brasileiras com inserção internacional são a queda das exportações (24%) e da produção (19%).
Em terceiro lugar vem o aumento do preço da matéria-prima (15%).
Entre as quase 200 empresas consultadas, 60% importam ou exportam produtos pelo mar.
Para essa parcela, a maior dificuldade tem sido a redução na frequência de navios, apontada como um problema para 39%, seguido do encarecimento do frete (27%).

Faturamento das exportadoras foi medido pela CNI
Apenas 23% das exportadoras que usam o modal marítimo afirmaram não ter enfrentado problemas na pandemia.
Em relação ao transporte aéreo, usado por 43% das empresas de comércio exterior, a principal dificuldade foi o aumento no valor do frete, citado por 54% das empresas que recorrem ao modal.
Em segundo lugar, está a redução na frequência de voos internacionais (37%).
Somente 19% das empresas que transportam mercadorias por via aérea não relataram problemas.
O levantamento sobre o faturamento foi feito entre 2 e 10 de junho.
Balança comercial
No ano, o superávit acumulado é de US$ 23,703 bilhões, com US$ 104,489 bilhões conseguidos com exportações e US$ 80,786 bilhões usados com importações.
A corrente de comércio no ano chega a US$ 185,276 bilhões.






