Os pedidos de auxílio desemprego dos Estados Unidos vieram acima do esperado pelo mercado. Os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (8) mostram que foram efetuados 373 mil pedidos.
A projeção de mercado era de que os pedidos atingissem 350 mil esta semana. Na semana passada, as solicitações foram de 364 mil, mas foram revisados para cima. Com isto, o dado ficou em 371 mil pedidos.
Os dados vem um dia após o Federal Reserve (FED) divulgar a ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês), formado por dirigentes da instituição.
O documento sinaliza que a instituição espera manter a política monetária e as compras de ativos, até que sejam atingidas as metas de pleno emprego e inflação.
Para o BTG Pactual (BPAC11), o resultado pior corrobora o discurso dos dirigentes da ala mais dovish do Fed, que afirmaram ontem que os dados têm trazido sentimentos mistos, não permitindo um diagnóstico mais assertivo das condições econômicas. Eles reiteram a necessidade de novos dados para que um posicionamento em relação ao tapering (retirada da recompra de títulos) possa ser tomado.
Reprodução/Departamento de Trabalho
EUA: média móvel de 394,5 mil pedidos em quatro semanas
Os dados divulgados também mostram que a média móvel de pedidos em quatro semanas foi de 394,5 mil. O que demonstra uma redução de 250 pedidos em relação à média móvel das quatro semanas anteriores.
De acordo com o relatório do Departamento do Trabalho, este é considerado o menor nível desde 14 de março de 2020, quando teve o início da pandemia de Covid-19. Na ocasião, a média móvel de pedidos era de 225 mil.
O relatório também atualizou os dados da média móvel da semana anterior. Passou de 392,7 mil pedidos para 394,7 mil pedidos de auxílio.
Dados não ajustados
Os dados não ajustados, que incluem os pedidos sob programas estaduais, totalizaram 369,6 mil pedidos. Representa um aumento de 3.147 pedidos com relação à semana passada.
O nível de desemprego do país, assegurado por programas estaduais, totalizou 3.236.197 milhões de pessoas. Isto representa uma redução de 49.110 em relação à semana anterior, de acordo com o Departamento de Trabalho.
As maiores taxas de desemprego foram observadas em estados como Rhode Island, Porto Rico, Nevada, Califórnia, Connecticut, Illinois, Geórgia, Nova Jersey, Nova York e Alasca, além do Distrito de Columbia.
