A CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) protocolou pedido de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (22).
No prospecto, a companhia informou que realizará oferta primária e secundária de ações.
Os recursos captados na tranche primária serão destinados para projeto e construção da planta de demonstração para o projetos de sementes sintéticas; aumentar investimentos em seleção genômica para identificação de variedades resistentes a doenças; implementação de ferramentas de edição genômica para diminuição do processo de melhoramento genético convencional; e identificação de novos negócios para alavancar
nossa posição competitiva, protegendo e sustentando os produtos exixtentes, por exemplo: bioinformática e data analytics.
A oferta será realizada sob a coordenação do Banco Morgan Stanley, J.P. Morgan e BTG Pactual.
Os principais acionistas da CTC são Copersucar, com 16,93% do capital, Raízen Energia, com 19,03%, São Martinho (5,41%), BNDESPar (18,91%) e Grupo ETH (5,77%).
Sobre a CTC
O CTC é uma empresa de biotecnologia, cuja atividade principal consiste na pesquisa, desenvolvimento e comercialização de cepas de cana-de-açúcar que atendam às necessidades dos produtores bem como aumentem a produtividade por meio do uso de tecnologias disruptivas.
Os produtos da companhia são desenvolvidos por uma equipe especializada em melhoramento genético e biotecnologia.
O CTC é referência em inovações pioneiras no setor sucroenergético. A companhia possui um complexo de laboratórios de última geração, que contam com modernas instalações.
O CTC detém um dos bancos de germoplasma de cana mais completos do mundo, com mais de 4.000 variedades.
Lucratividade
O lucro líquido da CTC totalizou R$ 37,1 milhões no seis meses findo em setembro de 2020, contra R$ 46,1 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita líquida atingiu R$ 152,6 milhões no período, contra R$ 115,1 milhões de 2019.
O Ebtida somou R$ 84,3 milhões, ante R$ 38,8 milhões.
Riscos
No prospecto, a CTC destacou alguns dos principais riscos de investimento na empresa e participação na oferta.
- capacidade da companhia de obter financiamento para seus projetos e planos de expansão;
- capacidade da CTC de implementar suas estratégias de crescimento;
- capacidade da empresa em desenvolver novos produtos;
- perdas de benefícios fiscais e alteração da legislação tributária;
- mudanças legislativas relativas à propriedade intelectual e/ou na Lei de Proteção de Cultivares ou incapacidade da Companhia em proteger sua propriedade intelectual;
- identificação e monitoramento das áreas cultivadas pelos clientes da CTC;
- desenvolvimentos competitivos nos mercados de etanol e açúcar;
- avanços tecnológicos na indústria de etanol e açúcar;
- avanços no desenvolvimento de alternativas para o etanol e açúcar;