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Confiança do consumidor recua em fevereiro

Confiança do consumidor recua em fevereiro

A confiança do consumidor brasileiro recuou em fevereiro. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas, foi de 90,4 pontos medidos em janeiro para 87,8 pontos neste mês. O recuo foi de 2,6 pontos. Fevereiro marca o menor índice desde maio de 2019.

Esta é a segunda baixa em dois meses consecutivos. Em janeiro, o índice caiu ligeiramente, após alta de dois pontos em dezembro de 2019. Em dezembro, era de 91,6.

“A perda de confiança pelo segundo mês consecutivo decorre de piora nas expectativas para os próximos meses. Apesar da reversão da piora na percepção sobre a situação no momento ocorrida no mês passado, há ainda um longo caminho de recuperação. As perspectivas menos favoráveis sobre a situação financeira familiar dos consumidores de renda mais baixa estão relacionadas ao mercado de trabalho. Para os consumidores com renda mais alta, ao aumento de incerteza econômica, e à alta do câmbio, levando-os a postergar consumo”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

confiança do consumidor

Confiança do consumidor: futuro incerto

Em fevereiro, as avaliações sobre o presente melhoraram enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 2,2 pontos, para 80,9 pontos. Este é o maior nível desde janeiro de 2015 (81,6 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu pelo segundo mês consecutivo, variando -5,7 pontos de janeiro para fevereiro, retornando ao mesmo patamar de julho de 2018 (93,2 pontos).

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Entre os quesitos que integram o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais influenciou na queda. Baixou 12 pontos, para 64,3 pontos, o menor nível desde dezembro de 2016 (63,4 pontos). No acumulado dos últimos dois meses, a perda é de 17,4 pontos.

O resultado parece estar sendo influenciado por uma revisão das expectativas em relação à economia nos próximos meses. E também a um menor otimismo com relação a situação financeira das famílias e do emprego.

O indicador que mede as perspectivas sobre as finanças familiares piorou pelo segundo mês consecutivo. A queda foi de 1,7 ponto para 99,2 pontos, retornando para nível abaixo do neutro.

O indicador que mede as expectativas sobre economia nos próximos meses recuou 2,6 pontos. Isto acontece após três meses de alta, mas ainda se mantem em patamar superior aos 100 pontos.

Perda de confiança em todas as classes de renda

Houve perda de confiança para consumidores de todas as classes de renda. Mas, principalmente, para aqueles com renda familiar mensal acima de R$ 9,6 mil, cujo índice de confiança recuou 3,0 pontos. Com exceção das famílias de menor poder aquisitivo (até R$ 2,1 mil), a queda do ICC foi influenciada pela redução no ímpeto de compra de bens duráveis.