Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
Confiança da indústria sobe, com foco nas expectativas futuras

Confiança da indústria sobe, com foco nas expectativas futuras

A confiança da indústria avançou 12,2 pontos em julho. Foi de 77,6 de junho para 89,8 pontos, a segunda maior variação positiva da série histórica.

A confiança da indústria avançou 12,2 pontos em julho. Foi de 77,6 de junho para 89,8 pontos, a segunda maior variação positiva da série histórica.

O resultado, divulgado nesta quarta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), marca também o primeiro crescimento em média móveis trimestrais. Isto depois de quatro meses de quedas seguidas (de 65,7 pontos para 76,3 pontos).

Ainda assim, fica quase dez pontos abaixo da leitura de fevereiro (98,2), antes do início da crise do coronavírus. O pior resultado até aqui foi do mês de abril, quando ficou em 58,2 pontos.

“A confiança da indústria de transformação segue avançando. E é impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses”, afirma a economista Renata de Mello Franco.

No entanto, ela analisa, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado.

Publicidade
Publicidade

“Chama a atenção a recuperação dos indicadores de produção prevista e o emprego previsto. Isto sugere que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior”, afirma.

“Contudo, o baixo patamar do indicador de tendência dos negócios reflete cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação dada incerteza ainda muito elevada”, complementa.

Confiança da indústria

Reprodução/FGV

Confiança da indústria: avaliação da situação atual e futura

Em julho, 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados tiveram aumento da confiança. O resultado decorre de melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses, afirma o relatório.

O Índice de Confiança da Indústria é formado por outros dois indicadores.

O Índice de Situação Atual, que avalia o cenário presente, foi de 79,2 pontos em junho para 89,1 em julho.

A melhora da percepção sobre a demanda foi o principal fator a contribuir para a evolução do índice. A parcela de empresas que avaliam o nível de demanda como forte aumentou de 14,2% para 15% do total, enquanto a parcela das que a consideram fraca caiu de 49,4% para 33% do total, levando a uma alta de 11,8 pontos do indicador, para 91 pontos.

O nível dos estoques subiu 8,8 pontos, de 81,4 pontos para 90,2 pontos, e o de situação atual dos negócios cresceu 8 pontos, de 79 pontos para 87 pontos.

O outro indicador que compõe a Confiança da Indústria, o Índice de Expectativas, registra a avaliação dos empresários para os próximos três e seis meses. Ele foi de 76,2 para 90,5 pontos.

A produção prevista e o emprego previsto variaram 16,1 pontos e 16,5 pontos, respectivamente, para 99 pontos e 93 pontos. E recuperam grande parte da perda observada em março e abril (99% e 81%).

O indicador que mede o otimismo dos empresários com a evolução do ambiente de negócios nos seis meses seguintes avançou 9,6 pontos. Foi para 80,1 pontos. E recuperou apenas 46% das perdas no mesmo período.

Nível de utilização da capacidade instalada

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) teve acréscimo de 5,7 pontos percentuais, de 66,6% para 72,3%. Desta forma, encontra-se apenas 3,9 pontos porcentuais menor do que fevereiro (76,2%). Mas ainda 7,5 pontos porcentuais abaixo da média de janeiro de 2001 a março de 2020 (79,8%).