O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um produto financeiro que combina elementos de renda fixa e variável em um único ativo. Em 2024, já são 10 anos desde que este tipo de investimento começou a ser comercializado pelos bancos.
O COE é estruturado para oferecer uma exposição a determinados ativos financeiros, como ações, câmbio, commodities, entre outros, de acordo com as condições estabelecidas no contrato. Polêmico, este veículo divide opiniões há tempos, especialmente nas redes sociais.
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O que é COE e como funciona
O título é emitido por uma instituição financeira com estratégias em derivativos. Nessa modalidade, é possível combinar aplicações de renda fixa e renda variável, nacionais e internacionais, mas reduzindo os riscos para que o investidor tenha proteção.
A estrutura básica de um COE envolve a compra de uma opção, que pode ser de compra (call) ou de venda (put), combinada com um investimento em renda fixa, geralmente um título público ou privado.
A rentabilidade do COE dependerá do desempenho dos ativos subjacentes e das condições de mercado durante o período de vigência do contrato.
Existem diferentes tipos de COEs, com características e estratégias de investimento variadas. Alguns exemplos incluem:
- de capital protegido: Garante ao investidor o retorno do capital investido, independentemente do desempenho dos ativos subjacentes. No entanto, a rentabilidade adicional pode ser limitada.
- de rendimento: Visa proporcionar uma renda fixa regular ao investidor, combinando ativos de renda fixa e derivativos.
- de capital variável: Não oferece garantia de retorno do capital investido, mas proporciona a oportunidade de obter ganhos ilimitados, conforme o desempenho dos ativos subjacentes.
COE é um bom investimento?
O COE é indicado para investidores que desejam diversificar sua carteira e buscar oportunidades de retorno mais atrativas do que as oferecidas por investimentos tradicionais de renda fixa.
O ativo tem a vantagem de poder mistura vantagens da renda fixa e da renda variável. Um de seus pontos positivos é que o veículo tira a “emoção do investimento”, ou seja, evita que o investidor faça escolhas equivocadas ao buscar rentabilidade na renda variável.
Outra característica importante é o capital protegido. Isso quer dizer que, “tudo dando errado”, você revê, no mínimo, o montante aplicado. Ou seja, na pior das hipóteses, o investidor do COE fica no zero a zero ao vencimento do título.
Além disso, há a possibilidade de expor o investimento ao mercado exterior.
Problemas do investimento
O COE é muitas vezes tido como um “mau investimento”. No entanto, especialistas apontam que não existe um certificado ruim, mas sim um mal escolhido pelo investidor.
“Quem fala mal de COE fez investimento errado. Ou porque errou na questão da liquidez ou porque escolheu um produto mal estruturado. Mas qualquer perfil de investidor pode aplicar de 5% a 10% de seu capital em um bom COE que estará fazendo um bom investimento”, afirma Valter Manfro, assessor e sócio da EQI Investimentos. Além da liquidez, é preciso ter atenção à estrutura.
A regra é a mesma para qualquer investimento: evitar o ativo que já está no topo, que já está caro, e enxergar as oportunidades de valorização.
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