Além da epidemia global do novo coronavírus, agora a China tem outra doença avançando no país. No domingo (2) o país reportou um surto de gripe aviária H5N1. Os primeiros casos foram registrados na província de Hunan, próximo ao epicentro do coronavírus.
O caso iniciou em uma propriedade rural no distrito de Shuangqing, cidade de Shaoyang e matou 4.500 das 7.850 galinhas da propriedade. Outras 17.828 aves das proximidades foram abatidas pelas autoridades locais, de acordo com um comunicado do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China. Até o momento não foram registrados casos de infecção humana de gripe aviária, diz a Agência Brasil.
De acordo com o Ministerio da Saúde, a gripe aviária pode infectar humanos causando doença grave. Mas a transmissão de pessoa para pessoa é difícil de acontecer.
O novo surto surge no momento em que as autoridades tentam conter a propagação de um novo coronavírus. Até o momento o coronavírus já causou 304 mortos e mais de 14 mil infetados no paí. Ele foi inicialmente detectado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei, que faz fronteira com Hunan.
O que é a gripe aviária
A gripe aviária causa doenças respiratórias graves em aves e é contagiosa entre seres humanos. O vírus foi detectado pela primeira vez em 1996 em gansos na China e é letal para as aves.
A possibilidade de transmissão entre seres humanos é baixa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria das infecções humanas por H1N5 surge após contato prolongado e próximo com aves infectadas.
Mas a gripe aviária tem uma taxa de mortalidade superior a 50%. O valor é muito acima da síndrome respiratória aguda grave (SARS), também conhecida como pneumonia atípica, e que tem uma taxa de mortalidade de 10%, ou o novo coronavírus, que tem uma taxa de 2%.
A OMS relatou um total de 861 casos confirmados de H5N1 em humanos, em todo o mundo, entre 2003 e 2019. Deste total, 455 morreram. Na China, houve 53 casos humanos de infecção por gripe aviária nos últimos 16 anos, e 31 mortos.