
EQI Tax: saiba como você pode reduzir tributos e recuperar valores
25 Set 2023 às 12:29 · Última atualização: 24 Jul 2024 · 10 min leitura
25 Set 2023 às 12:29 · 10 min leitura
Última atualização: 24 Jul 2024
O mercado financeiro é repleto de siglas e códigos que muitas vezes geram confusões na cabeça do investidor. Uma das mais comuns diz respeito sobre o que é CDB e CDI.
Isso porque, apesar de as siglas serem interrelacionadas, elas possuem funções bem diferentes.
Para esclarecer melhor o assunto, apresentamos este artigo no qual você saberá detalhadamente o que significa CDB e CDI. Ao mesmo tempo, conhecerá também suas principais diferenças.
Siga a leitura e aproveite o texto!
O CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário, que nada mais é do que um título emitido por bancos quando fazem empréstimos diários entre si.
Então, como se tratam de títulos que circulam apenas entre os bancos, uma pessoa não consegue comprar diretamente um CDI.
Vale destacar ainda que, além de servir para garantir o caixa positivo do banco ao final de um dia, o CDI também é usado como índice de referência (benchmark) para o mercado de renda fixa.
As operações de compra e venda de CDI entre os bancos é feita para garantir que as instituições fechem o dia com saldo positivo, conforme exigido pela determinação do Banco Central.
Para ficar mais claro, suponha que um banco tenha ficado negativo ao final de um dia em função de registrar um número de saques superior ao valor de depósitos.
Neste caso, o banco devedor lança mão do CDI para fazer um empréstimo junto a outra instituição com dinheiro sobrando e, desse modo, fechar o dia como caixa positivo.
Dito de outra forma, o CDI pode ser entendido como o título que formaliza a movimentação do dinheiro entre os bancos.
A transação realizada entre a instituição credora e devedora é onerosa, de modo que a taxa de juros cobrada na operação é chamada de taxa CDI ou taxa DI.
Em primeiro lugar, precisamos destacar que cada banco tem autonomia para decidir as condições dos empréstimos, inclusive o valor da taxa que deseja cobrar para emitir um CDI.
Então, ao somar as taxas cobradas por cada uma das instituições financeiras, a Cetip (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) calcula uma média entre todos os CDIs realizados, que corresponde a taxa DI.
Como ela segue de perto do valor da taxa Selic, qualquer variação na taxa básica de juros da economia gera impacto direto na taxa DI.
Para saber qual o valor da taxa DI atualmente, basta acessar o site da B3 e buscar pela informação no topo da página.
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título de dívida emitido por instituições financeiras. Na prática, ao aplicar em um CDB o investidor empresta seu dinheiro para o banco esperando tê-lo de volta no futuro acrescido de uma taxa de juros.
Dependendo da forma como esse acordo é feito em relação aos juros da transação, existem três tipos de CDBs disponíveis no mercado.
Um CDB prefixado é aquele que já tem expressa nominalmente a sua taxa de remuneração. Isso quer dizer que no ato do investimento já se sabe qual será o rendimento ao longo do tempo.
Consequentemente, é possível saber o valor que será resgatado no futuro. A forma de apresentação desse título normalmente diz qual será a taxa de remuneração. Um exemplo é um CDB que rende 10% ao ano.
Assim, R$ 1 mil aplicados nesse investimento ao longo de 5 anos resultaria em um montante de R$ 1.610,51. Esse é um exemplo que ilustra bem o modo de funcionamento de um CDB prefixado.
Um CDB pós-fixado indica que a remuneração total só será conhecida em momento posterior, não sendo possível saber de antemão quanto o título renderá.
A rentabilidade desse título fica a cargo de um indexador. Assim, dizemos que um CDB pós-fixado é indexado a algum índice de referência.
Normalmente as instituições usam o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como parâmetro, que por sua vez é atrelado à taxa Selic. Dessa forma, o papel tem expressa em sua nomenclatura o percentual do CDI que renderá ao investidor, como 130% do CDI por exemplo.
Por fim, temos o CDB que remunera em um modelo híbrido, ou seja, parte de sua remuneração é tida na forma prefixada e a outra no modelo pós-fixado.
Um bom exemplo desse tipo de título é o CDB IPCA. A depender do papel, existe uma taxa de remuneração que já é sabida (e isso varia entre instituições) e a outra é atrelada ao IPCA, que representa a inflação oficial.
Assim, um papel desse que tem sua remuneração expressa no formato IPCA + 5% indica que a rentabilidade final conseguida será de 5% acima da inflação, não importando em qual patamar inflacionário esteja a economia do país.
Após entender o que é CDB e CDI e as principais características de cada um deles, podemos concluir que as duas siglas têm funções bem diferentes.
Enquanto o CDB é um tipo de investimento de renda fixa, o CDI é um índice básico da economia pautado nas movimentações financeiras entre bancos.
Sendo assim, o CDB é onde você investe de fato, ao passo que o CDI é o que pode ser usado como referência para acompanhar a rentabilidade do seu investimento.
Como vimos, é comum que os CDBs tenham sua rentabilidade atrelada ao CDI. Por conta disso, é normal misturar as siglas e achar que está investindo em CDI em vez de CDB.
No entanto, com o nosso artigo ficou mais fácil de entender que o CDB é um investimento simples da renda fixa que pode ter um retorno atrelado à taxa do CDI. E você não vai mais confundir CBD e CDI!
Agora que você pôde entender o que é CDB e CDI, uma comparação bastante comum é quanto ele rende frente a poupança.
Antes de mais nada, é preciso saber que existem dois períodos distintos para o cálculo do rendimento da poupança.
O primeiro período considera os depósitos realizados antes de 4 de maio de 2012. Nesse caso, a rentabilidade da poupança é de 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial) que atualmente está zerada.
Já o segundo período contempla os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Nessa situação, calcula-se os juros da seguinte forma:
Segundo analistas, mesmo que a remuneração da poupança aumente um pouco, existem outros produtos de renda fixa mais interessantes em termos de rentabilidade.
Ou seja, a caderneta ainda ficaria atrás de títulos como Tesouro Selic ou CDBs, dependendo da remuneração destes.
No caso dos CDBs, não se pode generalizar os rendimentos, pois cada banco pratica as suas taxas. Nesse sentido, é possível encontrar boas alternativas, principalmente entre os pequenos e médios bancos, pois muitos deles costumam pagar um percentual acima do CDI.
Assim como a poupança, o CDB tem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que torna a aplicação mais segura para o investidor.
A taxa Selic e o CDI estão diretamente relacionados e têm valores muito próximos.
Assim como o CDI é o balizador dos empréstimos privados entre bancos, a Selic, por sua vez, é a referência utilizada nos empréstimos entre bancos, tendo como garantia os títulos públicos que o banco tomador de empréstimo tenha em carteira.
Ambas as taxas têm atuações bem similares, enquanto indexadores dos juros de investimentos em renda fixa.
Tanto o CDI quanto a taxa Selic servem de referência para estabelecer a rentabilidade de investimentos pós-fixados, taxas de juros de empréstimos e também para o reajuste de contratos.
A taxa Selic é definida pelo Banco Central por meio de seu Comitê de Política Monetária, o Copom.
A reunião do Comitê acontece a cada 45 dias e a decisão sobre a taxa Selic é resultado dos estudos sobre a atividade econômica brasileira e os níveis de inflação.
A taxa Selic é calculada sob responsabilidade do Banco Central e se dá por meio de seu Comitê de Política Monetária, o Copom.
O órgão se reúne a cada 45 dias, em um total de 8 reuniões anuais. Os encontros se dão em dois dias, sempre em uma terça e quarta-feira.
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