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Brasil e EUA estão em recessão? Descubra aqui!

Brasil e EUA estão em recessão? Descubra aqui!

Brasil e EUA estão em recessão? Os recentes acontecimentos ao redor do globo colocaram em xeque a economia de todos os países.

Com Estados Unidos e Brasil não foi diferente. No momento, vive-se a dúvida sobre uma possível recessão nas duas nações.

Para entender melhor o assunto, este artigo explica o que está acontecendo.

Siga na leitura e informe-se melhor!

Quais são as fases de um ciclo econômico?

Acompanhe a seguir.

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Expansão

A fase de expansão de um ciclo econômico é caracterizada pelo aumento da oferta de postos de trabalho. Isso acontece porque a produção das indústrias está elevando-se, devido uma alta no consumo.

A razão disso é que os juros encontram-se em níveis baixos ao mesmo tempo que a renda das famílias passa por um incremento. As compras de médio e longo prazo resultam em níveis modestos e o consumo é incentivado.

Com o avanço desse cenário, uma economia caminha para seu ápice, o topo de prosperidade de um ciclo econômico.

Topo

Nessa etapa, vive-se uma situação de pleno emprego. As “engrenagens” da economia estão todas rodando perfeitamente e um país nessa situação encontra-se em épocas de bonança.

Por incrível que pareça, é exatamente pelo prolongamento dessa fase que a próxima etapa entra em cena. Como a fartura das famílias é considerável, os preços começam a elevar-se.

É quando o cenário inflacionário começa a chamar atenção e algo precisa ser feito.

Desaceleração

Com o poder de compra da população sendo consumido cada vez mais por conta da inflação (por uma questão de oferta e demanda), os governos precisam entrar em cena e “esfriar” a economia.

Ou seja, é preciso reduzir a liquidez de forma que os preços se acomodem novamente. Isso é conseguido imprimindo uma taxa básica de juros maior, o que faz com que o custo do crédito se torne mais alto.

Assim, as famílias deixam de consumir tanto, passando a comprar sobretudo os itens básicos para seu sustento. Compras não emergenciais são deixadas de lado, para “depois”.

infográfico sobre ciclos econômicos e melhores investimentos

Reprodução/EQI

Recessão: quando ela acontece?

Tudo isso que foi descrito anteriormente resulta em um desaquecimento da economia, já que o consumo é reduzido. Ao mesmo tempo, as indústrias diminuem sua produção e começam a cortar postos de trabalho.

O desemprego aumenta e a renda das famílias cai. Isso dá força para a redução do consumo e, com uma oferta maior que a demanda, os preços são reduzidos e a inflação se torna mais branda.

O problema desse estágio é que ele se prolongue. Para que isso não aconteça, é preciso diversas medidas para estimular novamente a economia.

Tudo recomeça novamente e é por isso que se chama “ciclo”.

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Quais foram os impactos dos acontecimentos recentes na economia dos países?

Em termos de economia global, temos dois acontecimentos que afetaram profundamente as cadeias produtivas de nosso planeta.

Em primeiro lugar, tivemos uma pandemia que impôs severas medidas a todos os países. O fornecimento de produtos básicos sofreu interrupção por ocasião do fechamento de portos e a escassez se fez presente.

Isso aumentou consideravelmente os preços, caracterizando uma forte cadeia inflacionária. Ninguém saiu ileso dessa crise. O único país que apresentou crescimento da economia nesse período foi a China.

Logo em seguida, tivemos a deflagração de uma guerra entre dois povos do leste europeu. Rússia e Ucrânia se envolveram em um conflito armado e isso abalou novamente as cadeias produtivas globais.

O impacto foi grande pela representatividade dos dois países na produção de commodities.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, com 12% da produção mundial. Já a Ucrânia fornece nada menos que 16% de trigo e 12% de todo milho consumido no mundo.

Isso afeta diretamente a inflação de países como os Estados Unidos e o Brasil.

Entretanto, o conflito segue restrito à Rússia e Ucrânia, que representam, juntas, cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Logo, os mercados já começam a reduzir sua tesão sobre o tema. Isso fica evidente pelo VIX, o chamado índice do medo, que oferece uma visão de como os investidores estão se sentindo sobre as condições de mercado para o curto prazo. Confira abaixo como o índice se encontra em nível abaixo do pré-guerra na Ucrânia.

gráfico do Vix, índice do medo

Os Estados Unidos podem entrar em recessão?

Sim, é possível que isso aconteça. Há chances consideráveis que um cenário de recessão se concretize.

Para conter o avanço da alta dos preços, os Estados Unidos elevaram sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual no último dia 16 de março. Isso ocorreu na reunião do Fomc, órgão equivalente ao Copom no Brasil.

E tudo indica que isso foi apenas o início de um ciclo de alta na curva de juros norte-americana. A maioria dos analistas acredita que essa elevação se dará até o nível compreendido entre 1% e 2% ao ano.

Com isso, um novo efeito incidirá sobre a economia do planeta, visto que estamos falando do país com maior potencial econômico da Terra.

Em se falando das fases de um ciclo econômico, os EUA aparentam estar em desaquecimento de sua economia, caminhando para um cenário de recessão.

Isso pode ser constatado pela atividade de manufatura em declínio e pela diferença de rendimento dos títulos públicos de 2 anos frente aos papéis de 10 anos (veja gráfico abaixo).

Inversões na curva de rendimento dos treasuries, que são os títulos do Tesouro americano, considerados os papéis mais seguros do mundo, têm servido de presságio para investidores quanto à possibilidade de recessão.

Isto porque o normal é que os rendimentos sejam maiores para papéis de longo prazo, dado o risco maior assumido, e menores para os de vencimento mais curto, com mais previsibilidade. A inversão ocorre justamente quando se dá o contrário.

infográfico com inversão da curva de juros

O Brasil está a caminho de um cenário de recessão?

Já no Brasil a situação é um pouco diferente, como se estivesse à frente dos Estados Unidos no que se refere a ciclos econômicos.

O cenário atual nos indica que já estamos à beira da recessão. O crescimento projetado do PIB para 2022, por exemplo, é de apenas 0,5%, de acordo com o próprio Banco Central por meio de seu boletim Focus.

E para chacoalhar de vez a economia brasileira, estamos em ano de eleições presidenciais. Historicamente é um ano de grande volatilidade para os mercados.

A razão disso é a interpretação dos detentores de capital. Se por um lado temos um discurso populista, por outro temos a possibilidade de nova irresponsabilidade fiscal com o aumento dos gastos públicos.

Pode ser ainda que uma terceira via venha a se concretizar, mas o cenário é remoto. Ainda assim, os mercados poderiam não se sentir seguros devido à inexperiência política de alguns que se candidatam a esse posto.

Enfim, a sorte está lançada. 2022 promete ser um ano de muita agitação, tanto no Brasil quanto no exterior.

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