A BR Distribuidora (BRDT3) atualizou nesta terça-feira (14) o cenário da pandemia e as possíveis implicações para “medidas de resiliência e dividendos complementares”.
A empresa afirma que continua acompanhando de perto a evolução dos casos do novo coronavírus no Brasil e os impactos da pandemia na demanda brasileira de combustíveis.
“Ao longo do mês de junho, o volume de vendas da BR de diesel, gasolina e etanol, principais produtos para a mobilidade urbana, foi 7% superior ao verificado no mês de maio”, afirma a empresa.
As vendas médias diárias de diesel em junho foram 5% superiores à média do período imediatamente anterior à crise, contado de janeiro até 21 de março.
Esse aumento do consumo indica que a reabertura da economia tem gerando demanda maior, fruto de maior mobilidade urbana.
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Ciclo Otto e QAV
“A demanda de Ciclo Otto (os famosos veículos flex) foi 12% inferior à mesma referência pré-crise”, diz a BR Distribuidora.
“Por outro lado, as vendas de querosene de aviação (QAV) continuam uma lenta recuperação, tendo performado em junho ainda 79% a menos que o período pré-crise (jan-20/mar)”, segue.
Há uma gradual recuperação dos volumes vendidos, segundo a companhia.
O novo coronavírus tem se espalhado mais pelos interiores do Brasil e, aparentemente, tem diminuído nas grandes metrópoles e capitais – embora esteja longe de ser considerada uma derrota da pandemia.
Medidas da BR Distribuidora
“Nesse contexto”, diz a BR Distribuidora, “foram importantes as medidas adotadas desde o início da crise”.
Como forma de preservação do caixa e reforço de liquidez, estão o “contingenciamento de despesas e capex, bem como captações adicionais de instrumentos de dívida de cerca de R$ 2 bilhões e a proposição de reserva especial para dividendos complementares no valor de R$ 534 milhões”.
Todas estas medidas foram uma precaução diante das incertezas dos rumos da pandemia.
Ao se verificarem a estabilização das curvas de contágio e a consolidação da recuperação da demanda e dos níveis de geração de caixa, a empresa poderá retornar gradualmente às condições usuais de liquidez.
Dividendos
“Em linha com este entendimento, a constituição da reserva especial para dividendos complementares pressupõe o monitoramento contínuo das condições de geração de caixa da companhia, de modo que os dividendos sejam pagos assim que a situação de disponibilidades e alavancagem o permitirem”, informa a empresa.
O assunto será objeto de deliberação pelos acionistas em assembleia marcada para 28 de julho de 2020,
“Desta forma, verificando-se a retomada gradual da atividade econômica ao longo do segundo semestre deste ano, ao se efetuar o pagamento do dividendo mínimo obrigatório, previsto para até dezembro de 2020, o Conselho de Administração poderá novamente avaliar as condições de financiabilidade da companhia e a possibilidade da distribuição também dos dividendos complementares, com a consequente reversão da ‘reserva especial’ no mesmo momento”, encerra.
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