21O Aliança pelo Brasil, partido idealizado e criado por Jair Bolsonaro após o presidente da República se desfiliar do PSL, tem chances remotas de participar das eleições municipais em 2020.
Em entrevista coletiva concedida sábado (21), no Palácio do Planalto, e publicada pela Agência Reuters, Bolsonaro afirmou não estar obcecado com a criação do novo partido e disse que a inexistência formal da legenda no pleito municipal pode até beneficiá-lo.
“Meu partido dificilmente vai ter condições de concorrer agora. A chance é 1%. Não tenho obsessão por formar o partido. Acho que Deus até me ajuda porque você sabe que eleições municipais não influenciam muito nas próximas”, opinou.
Segundo o raciocínio do presidente, se um “cara” do partido for eleito no pleito municipal e não tiver um desempenho satisfatório, pode atrapalhar a caminhada rumo a uma possível reeleição no Planalto.
“Às vezes você elege um cara numa capital aí, se o cara fizer besteira, você vai apanhar na campanha de 2022 todinha”, emendou.
Sem câncer
O presidente aproveitou a entrevista coletiva para tranquilizar seus seguidores sobre a possibilidade de estar com câncer de pele.
Segundo Bolsonaro, uma biópsia realizada em uma lesão na orelha descartou a doença.
“Foi feita uma biópsia e não deu nada. Se fosse um câncer, qual o problema? Falaria. Se tem de cortar a orelha, tira, pô. Não estou preocupado com isso. Sempre fui relaxado com a minha saúde”.