A bolsa de valores começou a semana com alta de 0,60%, em 114.850,74 pontos. O índice brasileiro segue a alta em Wall Street no primeiro pregão com horário de verão por lá.
O dia no exterior foi atribulado, com alta dos Treasuries e expectativa pelos anúncios do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Além de tudo, a pandemia voltar a endurecer, com a vacina do consórcio AstraZeneca e Universidade de Oxford novamente em xeque, com Alemanha e Espanha se juntando a Itália, Noruega e Dinamarca na suspensão do seu uso.
No Brasil, a pandemia viu seu pior final de semana em número de mortos e uma pergunta: quem vai ficar com o Ministério da Saúde, com a possível saída do inoperante general Eduardo Pazuello?
Hoje, o Ibovespa apresentou na mínima 113.634,95 pontos (-0,46%); e na máxima, 114.903,23 pontos (+0,65%).
O volume financeiro negociado foi de R$ 44,724 bilhões.
Confira a evolução do Ibovespa na semana, em cada fechamento de sessão:
- segunda-feira (15): +0,60% (114.850,74 pontos)
- semana: +0,60%
- março: +4,38%
- 2021: -3,51%
Dólar
A moeda fechou em alta hoje. A moeda norte-americana avançou 1,44%, valendo R$ 5,5597.
- segunda-feira (15): +1,44% a R$ 5,63953
- semana : +1,44% a R$ 5,6395
Euro
- segunda-feira (15): +1,06% a R$ 6,7052
- semana: +1,06% a R$ 6,7052
Bolsa em Nova York e cenário mundial
A segunda-feira começou com os investidores otimistas com a reabertura econômica, fazendo os índices subirem.
Como parte do pacote de estímulo de US $ 1,9 trilhão que se tornou lei na semana passada, oa Receita Federal local começou a processar pagamentos diretos de US$ 1.400 para milhões de cidadãos, o que deve adicionar tração à economia já em recuperação.
Com isso, nem mesmo o rendimento do Tesouro de 10 anos, que foi negociado em torno de 1,6%, após atingir seu nível mais alto em mais de um ano na sexta-feira, desanimou os investidores. O salto nos rendimentos dos títulos desafiou as ações de crescimento nas últimas semanas e mandou os investidores para bolsões cíclicos do mercado.
Os olhos e ouvidos agora estão voltados para quarta-feira, quando o Fed emitirá sua decisão sobre as taxas de juros. O banco central deve reconhecer um crescimento muito melhor na economia. Os profissionais dos títulos também estão atentos para ver se os funcionários do Fed vão ajustar suas perspectivas para as taxas de juros, que agora não incluem nenhum aumento nas taxas até 2023.
Na Europa, a questão da vacina vem gerando mais alertas. A do consórcio AstraZeneca e Universidade de Oxford, cuja aplicação havia sido suspensa na Dinamarca, na Itália e na Noruega, por conta de casos de coágulos no sangue, também foi suspensa pela Alemanha,Espanha e França, três pesos pesadas da União Europeia.
Mesmo sem um ritmo de vacinação bom, os países optaram pela “segurança” para a suspensão. A Organização Mundial da Saúde, porém, segue sustentando a capacidade e segurança do imunizante.
Nova York
- S&P: +0,65%
- Nasdaq: +1,05%
- Dow Jones: +0,53%
Europa
- Euro Stoxx 600 (Europa): -0,09%
- DAX (Alemanha): -0,28%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,36%
- CAC (França): -0,18%
- IBEX 35 (Espanha): -0,11%
- FTSE MIB (Itália): +0,11%
Ásia e Oceania
- Shanghai (China): -0,96%
- SZSE Component (China): -2,71%
- China A50 (China): -2,07%
- DJ Shanghai (China): -1,18%
- Hang Seng HSI (Hong Kong): +0,33%
- SET (Tailândia): -0,16%
- Nikkei (Japão): +0,17%
- ASX 200 (Austrália): +0,09%
- Kospi (Coreia do Sul): -0,28%
Brasil: ambiente político e econômico
O Brasil enfrenta a pandemia da pior forma possível, com inflação em alta, novos casos e mortes diárias por Covid-19 disparando, e possibilidade de alta da Selic, a taxa básica de juros da economia, na reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) desta semana.
É assim que começa a semana.
Além disso, os brasileiros ainda vêem o atual ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, possível demissionário. Primeiro, ele disse que estava doente e precisava sair do cargo. Depois, desmentiu. Nesse meio tempo, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), abriu conversas com possíveis ministeriáveis.
O cenário é tão nebuloso, que não se sabe quem será amanhã (ou daqui a pouco) o ministro da Saúde, diante da pior crise sanitária e humanitária da história.
Há nomes em conversa, mas a cardiologista Ludhmila Hajjjar, que chegou a conversar com Bolsonaro, rejeitou o cargo, por “motivos técnicos”. Mas em várias entrevistas que deu durante a tarde, especialmente na Globonews e na CNN, disse é a favor do lockdown, como uma forma de mostrar a toda sociedade a gravidade da situação e de unificar no ministério da Saúde essa informação, e contra o tal “tratamento precoce”, que não possui nenhuma comprovação científica, defendido com unhas e dentes pelo presidente Bolsonaro e seus apoiadores.
O Brasil já retomou seu posto de epicentro da pandemia mundial. Mesmo assim, Bolsonaro é contra o bloqueio de atividades econômicas no país, ferramenta que já se mostrou eficaz para evitar a transmissibilidade do vírus em outros países.
Para os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o fato de Bolsonaro já usar máscaras é uma vitória.
Pacheco disse que “aspectos de negação já encontraram uma mitigação necessária pelo próprio senso comum de que isso não é o correto. E vi o próprio presidente da República, na sessão de sanção do projeto de lei que foi convertido na lei 14.125 (da PEC Emergencial), usando máscara, falando de vacina e buscando conscientizar a população de que é preciso ter o enfrentamento dentro desses critérios. Devemos desapegar nesse momento de pontos de negação aqui e ali e convertermos dentro de uma conscientização de todos que nós depois de um ano da doença nós não podemos mais recusar vacina, recusar o uso de máscara, recusar o distanciamento social”.
Pacheco não acha “racional” um lockdown nacional, assim como Lira, que disse que “você defender um lockdown geral no país, eu já rebatia isso lá atrás, desde a época do (ex-ministro da Saúde Luiz Henrique) Mandetta, naquela época já se falava no ‘fique em casa’, nãoé absolutamente igual para todas as regiões do Brasil. E também descartar a possibilidade de algum lockdown ou de alguma medida mais restritiva numa cidade ou região que esteja passando por um momento de mais dificuldade também não é conveniente”.
Na questão dos dados, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 1,04% em janeiro ante dezembro, bem acima do esperado pelo mercado, que era de alta de 0,5%.
Na comparação com janeiro de 2020, o indicador registrou queda de 0,46%. No acumulado de 12 meses, houve recuo de 4,04%.
IBC-Br é mensal, divulgado pelo Banco Central, ao passo que o PIB é divulgado trimestralmente pelo IBGE.
Bolsa: ações
Das 81 ações negociadas na bolsa, 59 subiram e as outras 22 caíram em relação à sessão anterior.
Mais negociadas
- Vale (VALE3): R$ 96,82 (-0,60%)
- Magazine Luiza (MGLU3): R$ 23,72 (-3,46%)
- Petrobras (PETR4): R$ 23,65 (+2,07%)
- Bradesco (BBDC4): R$ 25,37 (+1,40%)
- Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 27,50 (+1,18%)
Maiores altas
- Copel (CPLE6): R$ 6,76 (+7,30%)
- Gol (GOLL4): R$ 24,07 (+5,66%)
- Azul (AZUL4): R$ 42,84 (+4,16%)
- Totvs (TOTS3): R$ 28,72 (+3,83%)
- Via Varejo (VVAR3): R$ 12,24 (+3,73%)
Maiores baixas
- CSN (CSNA3): R$ 35,83 (-4,76%)
- Magazine Luiza (MGLU3): R$ 23,72 (-3,46%)
- PetroRio (PRIO3): R$ 90,80 (-2,90%)
- B3 (B3SA3): R$ 53,80 (-2,78%)
- IRB Brasil (IRBR3): R$ 6,03 (-2,58%)
Outros índices brasileiros
- IBrX 100: +0,53% (49.249,31 pontos)
- IBrX 50: +0,37% (19.137,32 pontos)
- IBrA: +0,63% (4.613,09 pontos)
- SMLL: +1,09% (2.766,62 pontos)
- IFIX: -0,26% (2.830,93 pontos)
- BDRX: +1,64% (13.053,28 pontos)
Commodities
- Brent (para maio): US$ 68,88 (-0,49%)
- WTI (para abril): US$ 65,39 (-0,34%)
- Ouro (abril): US$ 1.729,20 (+0,54%)
Com Wisir Research, BDM e CNBC